Manual da Mulher Moderna: Um Guia para Autoconhecimento e Enfrentamento dos Tabus
Bruna Ramos da Fonte propõe uma reflexão profunda sobre os desafios femininos, combinando teoria, relatos pessoais e exercícios de escrita terapêutica para fortalecer o protagonismo das mulheres
Em um mundo onde as mulheres ainda enfrentam diariamente os resquícios do machismo estrutural, o “Manual da Mulher Moderna” surge como um convite à reflexão e à transformação. Escrito pela jornalista, psicanalista e sexóloga Bruna Ramos da Fonte, a obra aborda questões urgentes como relacionamentos, sexualidade, maternidade, abusos e sororidade, sempre com uma linguagem direta e acolhedora.
Este é o livro que eu gostaria que a Bruna tivesse lido aos quinze ou vinte anos. Nele, trato de questões que acompanham as mulheres desde a adolescência até a vida adulta, sempre com o objetivo de promover a reflexão crítica sobre padrões impostos pela sociedade. Com histórias reais e exercícios de escrita terapêutica, o “Manual da Mulher Moderna” não apenas provoca questionamentos, mas também convida a leitora a se tornar coautora de sua própria jornada. As verdadeiras transformações só acontecem a partir da conscientização. Quero que cada pessoa perceba que as rédeas de suas vidas estão em suas mãos.
Não poupo esforços para tratar de assuntos considerados tabus. Para escrever este livro, precisei matar muitos fantasmas, citando Virginia Woolf. Minha abordagem “caleidoscópica”, como definiu o jornalista André Barcinski, mistura vivências pessoais, expertise clínica e uma escrita que convida ao autoconhecimento. Não se trata apenas de ler, mas de se engajar em um processo ativo de desconstrução.
A ideia do livro surgiu durante a pandemia, quando, privada de minhas palestras presenciais, criei o “Blog da Mulher Moderna”. Ao longo dos anos, identifiquei os temas que mais angustiam as mulheres: desde dilemas sobre casamento e carreira até relatos de violência obstétrica e assédio moral. A proposta do blog, embrião do que se tornaria o livro, evoluiu para um projeto mais denso, amadurecido entre 2021 e 2024. A pandemia foi um período de intensa pesquisa e reflexão. Esse tempo permitiu que eu abordasse cada tema com a profundidade necessária.
A obra se divide em três eixos principais: análises socioculturais sobre os papéis impostos às mulheres, relatos autobiográficos que ilustram situações cotidianas de machismo e exercícios de escrita terapêutica para desenvolvimento pessoal. Este não é um livro de autoajuda, mas um manual crítico que combina teoria psicanalítica, dados científicos e ferramentas práticas de transformação.
O diferencial está nos exercícios propostos ao final de cada capítulo: eles transformam a leitora em protagonista ativa do processo de autoconhecimento, permitindo que aplique os conceitos à sua realidade. Essa metodologia deriva da minha expertise em escrita terapêutica, abordagem que pesquiso desde 2013 e que já rendeu o livro “Escrita terapêutica: um caminho para a cura interior” (2021), usado por profissionais de saúde mental em todo o país.
Por Bruna Ramos da Fonte
Jornalista, biógrafa, psicanalista, sexóloga, palestrante, pesquisadora, professora universitária; especialista em Direito Internacional e Direitos Humanos (PUC-Minas), Direitos Humanos, Gênero e Sexualidade (Universidade Anhembi Morumbi) e Teologia (Universidade Municipal de São Caetano do Sul); pós-graduada em Sexologia pela Faculdade de Medicina do ABC; colaboradora do Ambulatório de Urologia e Saúde Sexual; professora na Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM); Membra Colaboradora da Comissão Permanente de Direitos Humanos e da Comissão Especial de Direito Internacional da OAB/SP (2025-2027); Conselheira Consultiva do Instituto Socinpro Viver da Arte (2024-2028); autora do livro "Escrita terapêutica: um caminho para a cura interior" (2021).
Artigo de opinião