Setembro Amarelo: Solidão crônica está ligada a mais de 870 mil mortes anuais, alerta OMS

Entenda como o isolamento social afeta a saúde mental e aumenta o risco de suicídio, especialmente entre jovens

Com o início do Setembro Amarelo, campanha dedicada à prevenção do suicídio, um novo relatório da Comissão sobre Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS) traz dados alarmantes sobre a solidão crônica e seu impacto na saúde mental global. Segundo o estudo, uma em cada seis pessoas no mundo sofre com o isolamento social, condição associada a mais de 871 mil mortes por ano, o que equivale a cerca de 100 vidas perdidas a cada hora.

A solidão crônica fragiliza o sentido de vida e aumenta significativamente o risco de ideação suicida, especialmente entre jovens e populações de países de baixa e média renda. O relatório destaca que até 21% dos jovens entre 13 e 29 anos relatam sentir-se sozinhos, um dado preocupante que reforça a urgência de ações voltadas para a saúde mental e a conexão social.

A psicóloga da Afya Sete Lagoas, Dra. Sabrina Magalhães, explica que “a ausência de vínculos e de uma rede de apoio eficaz enfraquece os recursos emocionais da pessoa, dificultando o enfrentamento de situações de estresse – e sabemos que a presença de apoio social é um importante fator de proteção”. Ela também aponta que a solidão pode estar relacionada a traços como o perfeccionismo, já que pessoas que se cobram excessivamente e se sentem inadequadas tendem a se isolar por vergonha ou frustração, aprofundando o sofrimento e a sensação de desesperança.

O impacto da solidão é ainda mais grave entre jovens e adolescentes. A OMS informa que o suicídio é a terceira principal causa de morte nessa faixa etária, com 727 mil pessoas tirando a própria vida globalmente a cada ano. No Brasil, cerca de 14 mil mortes por suicídio são registradas anualmente, o que representa uma média trágica de 38 vidas perdidas por dia.

Dra. Sabrina destaca que os jovens são mais vulneráveis ao suicídio devido a uma combinação de fatores emocionais, sociais e neurobiológicos. “A impulsividade é maior nessa fase devido à imaturidade cerebral, especialmente nas áreas responsáveis por controle emocional e tomada de decisão. Eles também têm menos habilidades de enfrentamento, o que os faz perceber situações difíceis como insuportáveis ou sem saída. Conflitos familiares, especialmente com os pais, são um fator importante, assim como condições psiquiátricas, uso de substâncias e o bullying.”

Além disso, o chamado “efeito contágio” pode aumentar o risco entre os jovens, que tendem a imitar comportamentos suicidas de pessoas próximas, celebridades ou personagens da mídia, principalmente quando se identificam com elas ou quando esses casos recebem grande visibilidade.

Esses dados reforçam a importância do Setembro Amarelo como momento de conscientização e mobilização para fortalecer os vínculos sociais, promover o apoio emocional e prevenir o suicídio. A desconexão social é um desafio silencioso, mas que pode ser enfrentado com diálogo, empatia e políticas públicas voltadas para a saúde mental.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, que atua também na promoção da saúde e bem-estar.

A prevenção do suicídio começa com a valorização das conexões humanas e o cuidado com a saúde emocional. Se você ou alguém que conhece está enfrentando dificuldades, buscar ajuda profissional é fundamental. Juntos, podemos transformar a solidão em acolhimento e esperança.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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