Baixa estatura infantil: causas, sinais e avanços no tratamento hormonal
Entenda quando a altura abaixo da média pode indicar problemas de saúde e como agir para garantir o crescimento saudável das crianças
Nem sempre a baixa estatura na infância é apenas uma questão genética. Embora a altura possa variar naturalmente entre crianças, especialistas alertam que, em alguns casos, o crescimento abaixo do esperado para a idade e o histórico familiar pode indicar problemas hormonais ou nutricionais que merecem atenção.
Dados do Lanpop USP, baseados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, revelam que em 2021, 5,3% das crianças brasileiras com menos de 5 anos apresentavam déficit de altura — um índice cinco vezes maior do que o observado em populações saudáveis. Esse aumento está associado a fatores como fome, desnutrição e crises econômicas recentes, especialmente durante a pandemia.
A endocrinologista infantil Mônica Gabbay, cofundadora da startup de saúde G7med, destaca que “quando expostas a esses problemas na primeira infância, entre os 0 e 6 anos, as crianças têm menor chance de recuperar o déficit de altura”. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para identificar possíveis causas e iniciar o tratamento adequado.
Entre os distúrbios hormonais mais comuns estão a deficiência do hormônio de crescimento e da tireoide. No caso do hormônio tireoidiano, a baixa estatura costuma vir acompanhada de sintomas como mau rendimento escolar, intestino preso, pele seca, inchaço e cansaço excessivo. Já a deficiência do hormônio de crescimento é mais silenciosa e só pode ser detectada por exames específicos.
Um erro frequente entre os pais é acreditar que crianças que crescem pouco na infância vão recuperar a altura na puberdade. Mônica alerta que “se a deficiência de hormônio de crescimento não for identificada e tratada precocemente, a estatura final pode ser comprometida. A puberdade acelera a idade óssea e reduz o tempo disponível para o crescimento. Quanto melhor a altura no início da puberdade, melhor o prognóstico”.
Além do tratamento médico, fatores do dia a dia influenciam o crescimento, como alimentação equilibrada, sono adequado e prática regular de atividades físicas.
O tratamento da baixa estatura evoluiu muito nos últimos anos. Antes, a reposição do hormônio de crescimento exigia injeções diárias, o que dificultava a adesão ao tratamento. Hoje, existem versões que permitem a aplicação apenas uma vez por semana, mantendo a mesma eficácia. Segundo Mônica Gabbay, “a mudança trouxe mais praticidade e conforto, além de aumentar a adesão ao tratamento, já que muitas famílias desistiam por conta da dificuldade de manter as injeções diárias”.
Portanto, se a criança apresenta crescimento abaixo do esperado, é importante buscar avaliação médica para investigar possíveis causas e garantir um desenvolvimento saudável e pleno. Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA