Anvisa aprova tratamento inovador para câncer de mama com baixa expressão de HER2

Novo medicamento amplia opções para pacientes com câncer de mama metastático após terapia endócrina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova indicação para o medicamento trastuzumabe deruxtecana, desenvolvido pela Daiichi Sankyo em parceria com a AstraZeneca. Essa aprovação representa um avanço importante no tratamento do câncer de mama metastático ou não ressecável, especialmente para pacientes com expressão ultrabaixa do receptor HER2, que já passaram por pelo menos uma terapia endócrina no cenário metastático.

O trastuzumabe deruxtecana é um conjugado de anticorpo-medicamento direcionado ao HER2, uma tecnologia que combina anticorpos com agentes terapêuticos para atacar as células tumorais de maneira mais precisa, reduzindo o impacto nas células saudáveis. Essa inovação permite um tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais em comparação com as terapias tradicionais.

A decisão da Anvisa foi baseada nos resultados do estudo clínico DESTINY-Breast06, apresentados na Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) em 2024 e publicados na revista The New England Journal of Medicine. Os dados mostraram que o uso do trastuzumabe deruxtecana reduziu em 36% o risco de progressão da doença ou morte em comparação com a quimioterapia. A sobrevida livre de progressão mediana foi de 13,2 meses no grupo tratado com o medicamento, contra 8,1 meses no grupo que recebeu quimioterapia. Além disso, a taxa de resposta objetiva foi significativamente maior, com 57,3% dos pacientes apresentando regressão tumoral, contra 31,2% na quimioterapia.

Segundo Gabriela Prior, diretora médica da Daiichi Sankyo, “com essa aprovação, estamos ampliando e antecipando uma nova opção de tratamento para pacientes após a falha da terapia endócrina. O trastuzumabe deruxtecana oferece uma alternativa direcionada ao HER2 para um grupo mais amplo de pacientes, incluindo aqueles com câncer de mama metastático que apresentam expressão HER2-low e HER2-ultralow”.

Karina Fontão, diretora médica da AstraZeneca Brasil, destaca que “o novo tratamento tem o potencial de transformar o cenário dos cuidados do câncer de mama metastático, especificamente nos casos de baixas expressões de HER2. A aprovação dessa nova indicação representa um importante passo, oferecendo uma opção terapêutica para uma população desassistida”.

O câncer de mama é o tipo de tumor mais incidente em mulheres no mundo, com cerca de 2,2 milhões de novos casos anuais e aproximadamente 685 mil mortes. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima cerca de 73 mil novos casos por ano para o triênio 2023–2025. A nova indicação do trastuzumabe deruxtecana já foi aprovada em outros países, como Estados Unidos e União Europeia, e promete beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos.

Este avanço reforça a importância da inovação na oncologia para ampliar as opções de tratamento e melhorar a qualidade de vida das mulheres que enfrentam o câncer de mama. O material foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Anvisa, Daiichi Sankyo e AstraZeneca.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a orientação médica.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 58 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar