Alzheimer: 3 sinais incomuns e fatores de risco que toda mulher deve conhecer

Entenda como sintomas pouco conhecidos podem antecipar o diagnóstico e quais cuidados adotar para preservar a saúde cerebral

O Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando entre 60% e 70% dos casos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora a perda de memória seja o sintoma mais conhecido, estudos recentes indicam que sinais menos evidentes podem surgir anos antes do diagnóstico clínico. Essas descobertas são fundamentais para que mulheres, muitas vezes cuidadoras e protagonistas da saúde familiar, fiquem atentas a manifestações precoces da doença.

De acordo com o neurocirurgião funcional e pesquisador da Unicamp, Dr. Marcelo Valadares, focar apenas nos sintomas clássicos pode atrasar o reconhecimento da doença e o início dos cuidados adequados. “Reconhecer a diversidade de formas como o Alzheimer se manifesta nos ajuda a acompanhar cada paciente de modo mais integral, favorecendo intervenções precoces que preservem a qualidade de vida”, destaca o especialista.

Entre os sinais incomuns que merecem atenção estão:

1. Perda de olfato (hiposmia)
Estudos publicados no periódico Alzheimer’s & Dementia (2022) e pelo National Institutes of Health (2022) apontam que a redução da capacidade olfativa pode ocorrer até cinco anos antes do comprometimento cognitivo. Isso ocorre porque áreas cerebrais responsáveis pelo processamento dos odores, como o córtex entorrinal, são afetadas precocemente pela deposição das proteínas características da doença.

2. Constipação persistente
Pesquisas recentes em Frontiers in Neurology (2025) e Frontiers in Aging Neuroscience (2023) indicam uma ligação entre o funcionamento intestinal e a saúde cerebral. A constipação pode refletir alterações no eixo intestino-cérebro e na microbiota intestinal, influenciando processos inflamatórios e aumentando o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

3. Dificuldades financeiras
Um estudo da Johns Hopkins University (2020), publicado no JAMA Internal Medicine, revelou que pessoas com Alzheimer apresentaram dificuldades para lidar com finanças pessoais até seis anos antes do diagnóstico formal. A incapacidade de tomar decisões financeiras adequadas indica comprometimento precoce das funções executivas, afetando autonomia e segurança.

Apesar desses sinais menos comuns, os sintomas clássicos continuam sendo os principais motivos para busca médica: perda de memória recente, desorientação, dificuldades de comunicação, alterações de humor e incapacidade para tarefas diárias.

Quanto aos fatores de risco, o Alzheimer é multifatorial, envolvendo genética, alterações fisiológicas e influências ambientais. A idade avançada é o principal fator, especialmente quando combinada a doenças cardiovasculares como hipertensão, diabetes e obesidade. Hábitos como tabagismo e consumo excessivo de álcool também contribuem para o risco.

Além disso, fatores cognitivos como baixa escolaridade e falta de estímulo intelectual reduzem a “reserva cerebral”, diminuindo a capacidade do cérebro de resistir à degeneração. Aspectos sociais e emocionais, como isolamento e depressão, também aumentam a vulnerabilidade.

“A prevenção precisa ser pensada de maneira ampla. Muitas vezes, é um familiar que percebe os primeiros sinais e busca ajuda médica. Cabe ao especialista constatar, além dos sintomas, a predisposição do paciente. A partir daí, elabora o diagnóstico e as abordagens para garantir ao paciente mais qualidade de vida”, explica o Dr. Valadares.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa da Unicamp, reforçando a importância da informação para o cuidado e prevenção do Alzheimer, especialmente entre as mulheres que desempenham papel central na saúde familiar. Ficar atenta a esses sinais e fatores de risco pode fazer toda a diferença na qualidade de vida a longo prazo.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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