A herança africana na linguagem do brasileiro ganha destaque em exposição no Espírito Santo

Mostra itinerante do Museu da Língua Portuguesa celebra a influência das línguas africanas no português falado no Brasil

A riqueza da herança africana na linguagem do brasileiro é o foco da exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil”, que estará em cartaz no Espaço Cultural Palácio Anchieta, em Vitória (ES), de 10 de setembro a 14 de dezembro de 2025. Esta mostra itinerante, realizada pelo Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, é a primeira de sua espécie a circular por outro estado e a incorporar a produção de artistas locais, ampliando o diálogo entre passado e contemporaneidade.

Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, a exposição revela como línguas africanas como iorubá, eve-fom e bantu influenciam o português falado no Brasil, não apenas no vocabulário, mas também na pronúncia e na entonação. Palavras de origem africana como “bunda”, “dendê”, “marimbondo” e “caçula” recebem destaque em grandes estruturas de madeira, convidando os visitantes a refletirem sobre a linguagem como uma verdadeira obra de arte.

A mostra oferece uma experiência estética e poética, com instalações interativas, esculturas, filmes e registros históricos que evidenciam essa presença cultural. Entre as obras, destacam-se a peça monumental que vestiu o bloco afro Ilê Aiyê no carnaval de 1996, instalações audiovisuais que exploram grafias centro-africanas e esculturas metálicas inspiradas em frequências afrocentradas. Também compõem a exposição símbolos visuais do povo Ashanti, búzios, turbantes e tambores, elementos que atravessaram o Atlântico e se tornaram parte da cultura brasileira.

Segundo Tiganá Santana, “a arte é um idioma que conecta o que foi silenciado ao que insiste em sobreviver”. Ele ressalta que a exposição é uma celebração do Brasil profundamente negro e do legado de cerca de 4,8 milhões de africanos trazidos de forma violenta ao país entre os séculos 16 e 19, cuja influência se manifesta não só na língua, mas também na música, arquitetura, festas populares e rituais religiosos.

Além do conteúdo artístico e cultural, a itinerância da exposição no Espírito Santo conta com a participação dos artistas capixabas Castiel Vitorino Brasileiro, Natan Dias e Jaíne Muniz, que enriquecem a mostra com suas obras, fortalecendo o vínculo entre a herança africana e a produção contemporânea local.

A exposição “Línguas africanas que fazem o Brasil” foi premiada em sua temporada paulista com o Prêmio IABsp de Expografia, concedido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil em São Paulo. A nova etapa em Vitória é uma iniciativa do Instituto Cultural Vale e do Museu Vale, com apoio do Governo do Espírito Santo e patrocínio da Vale, realizada pelo Ministério da Cultura via Lei de Incentivo à Cultura.

Para quem deseja conhecer essa celebração da diversidade cultural e linguística brasileira, a visitação ocorre de terça a sexta, das 8h às 18h, e aos finais de semana e feriados, das 9h às 16h. A entrada é livre, proporcionando a todos a oportunidade de mergulhar na história e na arte que revelam a profunda influência africana na identidade do Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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