Inteligência Artificial brasileira revoluciona análise capilar e diagnóstico da calvície

Uma inovação promissora no campo da dermatologia capilar foi desenvolvida pela parceria entre o Einstein e a LMG (Laser Medical Group). Trata-se de uma solução baseada em inteligência artificial (IA) que utiliza uma base de dados brasileira para aprimorar a análise e o diagnóstico da alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície.

O diferencial desse projeto está na construção de um banco de dados local, com imagens de pacientes brasileiros, que considera as características específicas dos cabelos sul-americanos. Até então, as bases de dados disponíveis eram compostas principalmente por imagens de pacientes asiáticos e europeus, o que limitava a precisão dos diagnósticos para a população brasileira.

A coleta dos dados ocorreu em setembro de 2024, durante um mutirão no Einstein, onde foram capturadas nove imagens por paciente, abrangendo diferentes regiões do couro cabeludo: frontal, média, vértice e occipital. Ao todo, 187 pacientes participaram da amostragem, que inclui imagens macroscópicas e microscópicas.

O modelo de IA, baseado na arquitetura Single Shot Multibox Detector (SSD), foi treinado com mais de 7 mil anotações em 256 imagens. Após ajustes, o sistema alcançou uma acurácia de 94% na detecção das estruturas capilares, o que representa um avanço significativo na automatização e precisão do diagnóstico.

Segundo Rodrigo Demarch, diretor executivo de Inovação do Einstein, “Ao automatizar variáveis essenciais para o diagnóstico da alopecia androgenética, conseguimos ampliar a precisão das análises e oferecer um suporte ainda mais qualificado aos profissionais de saúde”. Já o Dr. Abdo Salomão Júnior, CEO da LMG Lasers, destaca que o desafio foi “transformar uma análise altamente especializada em uma ferramenta acessível, confiável e padronizada”, ressaltando o papel fundamental da inteligência artificial nesse processo.

A solução automatiza a medição de variáveis essenciais para o diagnóstico clínico, como abertura folicular (ponto de origem dos fios), unidade folicular (agrupamentos de fios próximos), proporção de fios por unidade (se há 1, 2 ou mais de 3 fios em cada agrupamento) e densidade capilar (número total de fios por imagem). Essas métricas são integradas a uma API com visualização interativa, que exige imagens capturadas com rigor técnico, incluindo ampliação de 60x, couro cabeludo úmido e ausência de artefatos visuais.

Essa iniciativa reforça o compromisso do Einstein em democratizar o acesso a tecnologias avançadas, regionalizar dados e impulsionar a medicina de precisão na dermatologia, trazendo benefícios diretos para o cuidado clínico e para a população brasileira.

Conteúdo baseado em informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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