Alzheimer no Brasil: Desafios e Cuidados Essenciais para Pacientes e Familiares

Setembro Lilás destaca a importância do apoio a quem convive com a doença e seus cuidadores

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que desafia milhares de famílias brasileiras, exigindo cuidados cada vez mais intensos tanto para os pacientes quanto para seus cuidadores. Em alusão ao Setembro Lilás, mês de conscientização sobre o Alzheimer e outras demências, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reforça a necessidade de atenção especial a essa condição que afeta cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais no Brasil, o que corresponde a aproximadamente 1,8 milhão de pessoas. A previsão é que até 2050 esse número chegue a 5,7 milhões.

Segundo a geriatra Dra. Maria Aparecida Bicalho, membro da Comissão de Inovação em Doença de Alzheimer e Demências da SBGG, a doença compromete principalmente a memória e as funções cognitivas, além de causar alterações comportamentais e na personalidade. Ela destaca que, além da idade e fatores genéticos, existem 14 fatores de risco modificáveis, como hipertensão, diabetes, tabagismo, isolamento social e obesidade, que juntos respondem por 45% do risco para demência.

O cuidado com pacientes de Alzheimer vai muito além do tratamento medicamentoso. À medida que a doença progride, a capacidade do paciente para realizar atividades diárias diminui, exigindo supervisão constante. “Inicialmente, é importante supervisionar o uso de medicamentos para evitar efeitos adversos e descontrole das doenças de base”, explica a especialista. Com o avanço, familiares ou cuidadores devem assumir o controle financeiro do paciente e evitar atividades como dirigir, que podem representar riscos.

Atividades cotidianas, como fazer compras ou tarefas domésticas, podem ser mantidas com auxílio, mas o paciente não deve ficar sozinho em casa ou sair para locais distantes sem acompanhamento. Em fases avançadas, o paciente torna-se dependente para tarefas básicas, como tomar banho, usar o banheiro e se alimentar, necessitando de cuidados intensivos.

Além dos desafios físicos, o Alzheimer pode provocar alterações comportamentais como agressividade, alucinações e desinibição. A Dra. Maria Aparecida alerta que familiares e cuidadores devem agir com calma, sem confrontar o paciente, entendendo que esses comportamentos são efeitos da doença e não “pirraças”.

É fundamental também cuidar da saúde dos cuidadores, que muitas vezes enfrentam ansiedade, depressão e fadiga extrema. “Pessoas que cuidam de pacientes com demência devem se revezar, realizar atividades físicas, ter momentos de lazer e garantir um sono reparador. Se desenvolverem sobrecarga, precisam buscar tratamento”, orienta a geriatra.

O diagnóstico precoce e o acompanhamento por um médico geriatra são essenciais para um plano terapêutico adequado, que leve em conta a fase da doença, comorbidades e grau de fragilidade do paciente. O Setembro Lilás reforça a importância da conscientização e do suporte para melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares diante desse desafio crescente no Brasil.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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