Trombofilia: como reconhecer os sinais de alerta e proteger sua saúde
Entenda os sintomas, fatores de risco e cuidados essenciais para prevenir complicações graves da trombofilia
A trombofilia é uma condição que aumenta a predisposição do organismo à formação de coágulos sanguíneos, elevando o risco de trombose e complicações graves como a embolia pulmonar. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), até 10% da população mundial pode apresentar alguma forma leve da doença, enquanto as variedades mais graves são raras, afetando cerca de uma a duas pessoas a cada 5.000 indivíduos.
As causas da trombofilia podem ser hereditárias ou adquiridas, atingindo pessoas de qualquer idade e sexo. Alterações genéticas, presentes em até 5% das pessoas de pele clara, podem aumentar a tendência do sangue coagular excessivamente. Deficiências de proteínas anticoagulantes e níveis elevados de homocisteína também são fatores genéticos relevantes. Já as causas adquiridas incluem a síndrome do anticorpo antifosfolípide, câncer, cirurgias, longos períodos de imobilidade, uso de contraceptivos ou reposição hormonal, gravidez e algumas doenças autoimunes.
A gravidez demanda atenção especial, pois o corpo aumenta naturalmente a capacidade de coagulação para evitar hemorragias no parto. Em mulheres com trombofilia, esse mecanismo pode elevar o risco de trombose e provocar complicações como hipertensão, descolamento prematuro da placenta e perda gestacional. O fluxo sanguíneo mais lento nas pernas e a pressão do útero sobre a veia cava dificultam o retorno venoso, aumentando os riscos. Por isso, mulheres com histórico pessoal ou familiar de coágulos devem ser acompanhadas por especialistas.
Além disso, fatores como tabagismo, sobrepeso, terapia hormonal e viagens prolongadas podem potencializar os riscos. Mesmo jovens saudáveis podem desenvolver coágulos após voos longos, cirurgias ou uso de contraceptivos hormonais. Em idosos, a trombofilia pode se somar a outras condições, exigindo cuidado especial no uso de anticoagulantes devido ao risco de sangramento.
A investigação da trombofilia é recomendada em casos de coágulos antes dos 50 anos, episódios repetidos, trombose em locais incomuns, histórico familiar, abortos de repetição ou complicações gestacionais graves. Medidas preventivas incluem parar de fumar, manter peso saudável, hidratar-se, praticar exercícios, movimentar-se durante viagens longas, usar meias de compressão e, quando indicado, utilizar medicamentos anticoagulantes sob orientação médica.
O tratamento visa prevenir e controlar a formação de coágulos, utilizando anticoagulantes ou medicamentos modernos. Em casos específicos, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide, a terapia pode ser contínua. Durante a gestação, são usados anticoagulantes injetáveis e, em alguns casos, ácido acetilsalicílico em baixa dose, sempre com acompanhamento pré-natal rigoroso.
É fundamental reconhecer os sinais de alerta: inchaço repentino e doloroso em uma perna, falta de ar, dor no peito, tosse com sangue, dor de cabeça intensa, visão turva ou confusão mental exigem atendimento imediato. Na gestação, sangramentos ou diminuição dos movimentos do bebê também são motivos de urgência.
Para mulheres que planejam engravidar, o conselho é claro: “Se você tem histórico pessoal ou familiar de coágulos, converse com seu médico antes de engravidar. Um acompanhamento antecipado e personalizado pode garantir uma gravidez segura para você e seu bebê. Trombofilia não é uma sentença. Com informação, cuidado e apoio é possível realizar o sonho da maternidade.”
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da SBACV-SP, reforçando a importância da prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento especializado para a saúde vascular feminina. Fique atenta aos sinais do seu corpo e cuide-se!

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA