Redes sociais e autoestima: os perigos da comparação entre jovens
Psicóloga destaca como o uso consciente das redes pode transformar a relação dos jovens com o ambiente digital
O uso intenso de redes sociais tem um impacto direto na autoestima dos jovens, alerta a psicóloga e CEO da Mental One, Aline Graffiette. “A rede social é uma vitrine: ninguém vai colocar um tênis sujo na vitrine de um shopping, só o mais bonito e brilhoso. O problema é que os jovens acreditam que estão interagindo de forma real, mas o que veem é um espaço altamente produzido, muitas vezes com apoio de profissionais e filtros”, explica.
Esse ambiente de comparação constante pode levar a sentimentos de inadequação, cyberbullying e busca por validação. Para Aline, a solução passa pela psicoeducação: ensinar os jovens a usar as redes de forma consciente. “A rede social não é boa ou má por si só, ela é um produto. Precisamos ensinar os jovens a dizer não para alguns conteúdos e a aproveitar o que ela tem de positivo. Assim, saímos do lugar da comparação e vamos para o da inspiração e do conhecimento.”
A especialista reforça ainda que pais, educadores e profissionais de saúde têm papel essencial nesse processo, atuando como aliados no desenvolvimento do autoconhecimento e da autoconfiança dos jovens. “Quando oferecemos ferramentas para que eles entendam quem são e reconheçam seu próprio valor, diminuímos o impacto negativo das redes sociais e transformamos a relação deles com o ambiente digital em algo muito mais saudável.”
Por Aline Graffiette
psicóloga e CEO da Mental One
Artigo de opinião