Quando o Esforço Excessivo para Agradar Apaga a Identidade no Relacionamento
Entenda como buscar aceitação a qualquer custo pode fragilizar o amor e comprometer a autenticidade do casal
Em muitos relacionamentos, o desejo de agradar ao parceiro nasce como um gesto de carinho. No entanto, quando essa busca por aprovação se torna constante, o risco é grande de perder a própria essência. Abrir mão de opiniões, desejos e até mesmo da forma de ser para evitar conflitos ou manter a harmonia pode parecer uma solução, mas, ao longo do tempo, cria uma sensação de esvaziamento pessoal que fragiliza a relação.
“Amar não significa anular-se. Quando um dos parceiros assume o papel de estar sempre cedendo ou fazendo esforços desmedidos para agradar, deixa de existir a troca genuína. O resultado é uma relação desequilibrada, em que um se sobrepõe e o outro desaparece. Isso não fortalece o vínculo; pelo contrário, gera frustração e desgaste emocional”, afirma Roberson Dariel, Pai de Santo especialista em reconciliação de casais do Instituto Unieb.
Um relacionamento saudável precisa de autenticidade. Estar disposto a ceder em alguns momentos faz parte da convivência, mas quando esse comportamento se torna padrão, o amor se transforma em dependência e falta de autoestima. “O parceiro não precisa de alguém que apenas concorda, mas de alguém que compartilha verdadeiramente sua visão e sua energia. É na individualidade de cada um que a união se fortalece”, completa Roberson.
No aspecto espiritual, o excesso de esforço para agradar também tem impactos significativos. Quando um dos parceiros reprime sua essência, a energia de troca entre o casal enfraquece, criando bloqueios invisíveis. “O campo espiritual da relação perde força quando um dos lados abre mão de sua autenticidade. A energia amorosa flui melhor quando ambos se apresentam como realmente são, sem máscaras ou necessidade de aprovação constante”, explica.
Romper esse padrão exige coragem e consciência. Mais do que agradar, o casal precisa se permitir crescer junto, reconhecendo as diferenças e celebrando a individualidade de cada um. O amor não pede perfeição, mas verdade. E é justamente nessa verdade que se encontra o equilíbrio para construir vínculos mais maduros, saudáveis e espiritualmente harmonizados.
Por Roberson Dariel
Pai de Santo especialista em reconciliação de casais do Instituto Unieb
Artigo de opinião