Mais da metade dos brasileiros planeja viajar em 2025, mas economia preocupa
Pesquisa revela destinos preferidos, mudanças no comportamento e desafios para o turismo em 2025
Uma pesquisa inédita realizada pela Hibou entre 14 e 19 de agosto de 2025 revela que 53% dos brasileiros pretendem viajar nos próximos 12 meses, um aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2024. O levantamento, feito com 1.295 entrevistados, mostra que o desejo de viajar está forte, mas a situação econômica pessoal ainda é o principal obstáculo para 68% dos brasileiros, um crescimento em relação aos 57% do ano anterior.
Segundo Lígia Mello, CSO da Hibou, “viajar é parte do projeto de vida do brasileiro. A diferença é que hoje cada passo precisa ser calculado: destino, tempo e até a forma de pagamento entram no radar. O turismo se transformou em um reflexo direto da economia doméstica.” Esse cenário reflete os desafios impostos pela inflação, juros altos e dólar instável, que dificultam o planejamento das férias.
Quanto aos destinos, o turismo nacional segue soberano, com 56% dos entrevistados planejando conhecer outros estados e 26% optando por viagens dentro do próprio estado, ambos em alta. A Europa voltou a ganhar destaque, passando de 21% para 26% dos desejos, enquanto a América do Norte teve leve crescimento, de 10% para 12%, mas sofre desgaste: 41% dos brasileiros afirmam que as atuais políticas dos Estados Unidos diminuem o interesse em visitar o país.
O comportamento do viajante também mudou. O planejamento é mais detalhado: 41% começam a organizar a viagem entre 3 e 6 meses antes, e 22% com até um ano de antecedência. O controle financeiro é rigoroso, com 66% monitorando os gastos para que o dinheiro dure toda a viagem, 40% acompanhando o cartão de crédito e 26% convertendo preços para avaliar custos. O parcelamento ainda é usado por 35%, enquanto 25% preferem juntar todo o valor antes de embarcar.
A companhia preferida para viajar continua sendo o parceiro(a) (38%), seguido da família (27%) e amigos (14%). Um destaque é o aumento de pessoas que pretendem viajar sozinhas, de 9% em 2024 para 14% em 2025. O tempo médio ideal para as férias permanece em 11 dias, indicando a busca por pausas mais longas e completas.
Outro ponto que chama atenção é a gastronomia, que se tornou o principal atrativo para 68% dos brasileiros na escolha do destino, superando parques, passeios personalizados e compras. “Hoje o consumidor quer ser surpreendido. Comer bem, viver algo único e ter histórias para contar são prioridades tão fortes quanto o próprio destino”, comenta Lígia.
Apesar do otimismo, cancelamentos e adiamentos ainda ocorrem: 26% afirmam que vão viajar conforme o planejado, contra 15% no ano anterior. Entre os motivos para mudanças, 60% citam questões pessoais ou familiares, 28% trabalho ou agenda, e apenas 10% preocupações financeiras, uma queda significativa em relação a 2024.
Para o futuro, os brasileiros desejam mais tecnologia e facilidades: 47% querem aplicativos com informações culturais detalhadas, 42% desejam usar contas bancárias sem taxas no exterior, e 37% sonham com tradutores simultâneos. Além disso, 32% defendem redução de impostos para compras no exterior e 29% pedem aumento da faixa de isenção de produtos. “O futuro do turismo é digital e sem fronteiras. O consumidor pede conveniência e praticidade, e esse é um recado claro para o setor e para governos”, conclui Lígia.
Esses dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da Hibou, empresa especializada em pesquisas de mercado e comportamento do consumidor, que acompanha as tendências do turismo e do consumo no Brasil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA