Inteligência Artificial como Apoio Emocional: Pode Substituir a Terapia Tradicional?
No Brasil, 1 em cada 10 pessoas usa robôs de conversa para desabafar, mas especialistas alertam para os limites da IA na saúde mental.
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A inteligência artificial (IA) tem ganhado espaço no cotidiano dos brasileiros, inclusive como ferramenta para apoio emocional. Segundo dados da agência de estudos de comportamento Talk Inc., mais de 12 milhões de pessoas no Brasil já utilizam plataformas como o ChatGPT para desabafar, buscar conselhos ou até mesmo fazer terapia. Essa tendência revela que 1 em cada 10 brasileiros recorre a chats de IA para esse fim, mostrando o crescimento do uso desses robôs de conversa como alternativa ao tratamento psicológico tradicional.
Apesar da praticidade, acessibilidade e ausência de custos, especialistas alertam para os riscos e limitações da IA nesse contexto. O diretor do Hospital Heidelberg, referência nacional em saúde mental, Roberto Ratzke, destaca que esses programas geralmente elogiam e evitam causar desconforto, o que é contrário ao processo terapêutico real. “Não existe terapia sem dor”, afirma, ressaltando que a reflexão profunda sobre o que está certo ou errado na vida do paciente é fundamental e dificilmente alcançada por uma inteligência artificial.
Além disso, a psicóloga Brenda Marinello, também do Hospital Heidelberg, levanta a questão ética do sigilo das informações. “Na terapia isso é lei. O contrato de uso da IA não é seguro”, explica, apontando para a falta de garantias quanto à privacidade dos dados compartilhados com esses sistemas.
Outro ponto crucial é a diferença entre a IA e o contato humano. A inteligência artificial não sente emoções; ela apenas reconhece padrões e oferece respostas acolhedoras, mas não percebe nuances como tom de voz, pausas ou gestos que carregam significado emocional. Brenda destaca que “só no contato humano é possível um acolhimento genuíno, uma sensibilidade, uma presença real, uma empatia verdadeira”. Ela também chama atenção para o risco de a IA reduzir o desejo por vínculos humanos, já que não oferece conflitos, julgamentos ou frustrações — experiências essenciais para o desenvolvimento emocional e a tolerância à imperfeição.
A especialista reforça que a IA pode ser um apoio complementar, como um registro diário de humor, mas nunca deve substituir a terapia ou as relações de cuidado. “Se é um hábito usar a inteligência artificial para desabafar, algo precisa de atenção”, alerta.
O Hospital Heidelberg, com 21 anos de atuação, é um centro especializado em saúde mental que oferece atendimento psiquiátrico e psicológico, além de formar profissionais capacitados para o cuidado integral da saúde mental da população.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Hospital Heidelberg, refletindo um panorama atual sobre o uso da inteligência artificial como apoio emocional no Brasil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA