Medo da mamografia atrasa diagnóstico e dificulta tratamento do câncer de mama

O medo da mamografia ainda é um dos principais obstáculos para o diagnóstico precoce do câncer de mama, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Recentemente, a socialite Val Marchiori revelou que evitava o exame por receio, mas foi justamente a mamografia que identificou um nódulo suspeito, confirmado posteriormente pela biópsia. Outro caso público foi o da senadora Damares Alves, que também recebeu diagnóstico precoce após realizar o exame, o que possibilitou uma cirurgia rápida e um retorno ágil às suas atividades.

Segundo o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da SBCO, “o desconforto é menor que o benefício e caso o tumor esteja presente, é sempre melhor diagnosticá-lo. Quem procura – quando acha – acha mais cedo. Além disso, o exame é rápido, seguro e salva vidas.” Ele destaca que o adiamento da mamografia pode levar a um diagnóstico tardio, comprometendo as chances de tratamentos mais eficazes e menos agressivos.

No Brasil, a estimativa para 2025 é de mais de 73 mil novos casos de câncer de mama, doença que representa cerca de 30% dos diagnósticos de câncer entre mulheres brasileiras. Mundialmente, são 2,3 milhões de novos casos anuais, com previsão de crescimento para 2,9 milhões em 2035. Embora raro, o câncer de mama também pode afetar homens, representando 0,5% a 1% dos casos.

A cirurgia é uma etapa fundamental no tratamento, e sua indicação depende do estágio da doença. Existem diferentes tipos de procedimentos, como a cirurgia conservadora (mastectomia parcial ou lumpectomia), que remove apenas o tumor com uma margem de tecido saudável, e a mastectomia, que retira toda a mama, podendo incluir tecidos adjacentes em casos mais avançados. A decisão é feita por especialistas, considerando as condições da paciente e do tumor, sempre buscando o melhor resultado possível.

Além do exame, é importante que as mulheres fiquem atentas aos sintomas, como nódulos no seio, alterações na pele (vermelhidão, retração, aspecto de casca de laranja), mudanças no mamilo (inversão, descamação), pequenos nódulos nas axilas ou pescoço e secreção anormal, geralmente sanguinolenta.

Em dezembro de 2024, o Ministério da Saúde atualizou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do câncer de mama no SUS, ampliando o acesso a tratamentos menos agressivos e com maior preservação da mama, especialmente com a indicação da terapia neoadjuvante para estágios iniciais e intermediários da doença.

Para prevenir o câncer de mama, a SBCO recomenda manter peso saudável, praticar atividade física regularmente, acompanhar adequadamente a reposição hormonal pós-menopausa, limitar o consumo de álcool, não fumar e realizar visitas regulares ao ginecologista com exames preventivos.

A conscientização sobre a importância da mamografia e o combate ao medo desse exame são essenciais para salvar vidas e garantir tratamentos mais eficazes e menos invasivos. O diagnóstico precoce é a melhor arma contra o câncer de mama.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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