Educação bilíngue e inclusão: a luta de uma pedagoga pela Língua de Sinais no Brasil

No mês internacional da Língua de Sinais e Pessoas Surdas, conheça a inspiradora trajetória de Katelyn, que transforma a educação bilíngue no país

Setembro é um mês especial para a comunidade surda, marcado pelo Dia Internacional da Língua de Sinais (23/09), o Dia Nacional do Surdo (26/09) e a Semana Internacional dos Surdos. Para celebrar essas datas com a sensibilidade que merecem, trazemos a história inspiradora de Katelyn de Sousa Marquez, pedagoga e especialista em Libras, que dedica sua vida à educação bilíngue no Brasil.

Katelyn nasceu com perda auditiva bilateral e só começou a ouvir aos cinco anos, após uma professora perceber seu silêncio em sala de aula. Até então, ela acompanhava as aulas por meio da leitura labial, enfrentando dificuldades, já que muitos professores explicavam de costas para a turma. “Eu não conseguia entender, me sentia perdida e sofri com reprovações”, relembra. Aos nove anos, ao ingressar em uma instituição referência no ensino bilíngue, teve seu primeiro contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “De repente, vi crianças se comunicando em uma língua visual, que até então eu não conhecia. Foi como abrir uma porta para um mundo novo. Fiz amigos, aprendi rápido e finalmente me senti parte de uma comunidade”, conta.

Essa experiência revelou um problema estrutural: muitos alunos surdos só têm contato com a Libras tardiamente, após os sete anos, o que compromete o aprendizado do português e afeta a autoestima. “A infância é a fase mais importante para a aquisição da linguagem. Quando isso é negado, o impacto acompanha o surdo por toda a vida”, explica Katelyn. Durante o ensino médio, ela participou de um projeto na Universidade de Brasília que buscava sensibilizar a sociedade sobre a importância da Libras.

Hoje, aos 28 anos, Katelyn atua na Secretaria de Educação do Distrito Federal, ensinando crianças surdas e com múltiplas deficiências, como autismo e transtorno global do desenvolvimento. Seu método valoriza a individualidade: “Cada aluno tem seu tempo e sua forma de aprender. O meu papel é mostrar que todo surdo é capaz de crescer, conquistar dignidade e realizar sonhos”. Sua trajetória reforça um debate urgente no Brasil: a necessidade de fortalecer a educação bilíngue em Libras e português, reconhecida em lei, mas ainda desafiada pela falta de políticas públicas e formação adequada de profissionais.

Para Katelyn, “a Libras não é apenas um recurso, é a chave da inclusão. Quando respeitamos a língua do surdo, abrimos caminho para autonomia, cidadania e futuro”. Ela finaliza com uma mensagem clara: “O que me move é a certeza de que cada criança surda merece ser compreendida desde cedo. A inclusão começa quando reconhecemos a língua, a cultura e a identidade do surdo”.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa, destacando a importância da educação bilíngue para a inclusão e o desenvolvimento das pessoas surdas no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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