Como conversar com seu par sobre a importância da vacina contra o HPV sem tabus

No Mês de Conscientização e Combate aos Cânceres Ginecológicos, especialistas reforçam a importância de falar abertamente sobre a vacina contra o HPV, a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo. Dados alarmantes mostram que o vírus está relacionado a mais de 340 mil mortes anuais por câncer do colo do útero¹, além de tumores em outras regiões como orofaringe, ânus e pênis. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) projeta mais de 23 mil casos de câncer ligados ao HPV para 2024².

Apesar da gravidade, o tema ainda é cercado por preconceitos que dificultam o acesso à vacinação. Muitas pessoas associam a imunização a tabus, como promiscuidade ou início precoce da vida sexual, o que não corresponde à realidade. A infectologista Maria Isabel de Moraes-Pinto destaca que “a vacina protege contra diversos tipos de câncer e reduz a transmissão do vírus, sendo um ato de cuidado e responsabilidade.”

Para ajudar a abrir esse diálogo tão necessário, reunimos quatro dicas para conversar com seu par sobre a importância da vacina contra o HPV:

1. Converse sobre saúde, não comportamento
Esclareça que a vacina não tem relação com infidelidade ou incentivo a relações sem proteção. É uma medida preventiva contra um vírus que pode causar câncer anos após a infecção silenciosa.

2. Mostre que o HPV não escolhe gênero
O vírus acomete tanto homens quanto mulheres. Nos homens, está ligado a câncer de pênis, ânus e orofaringe; nas mulheres, a tumores de colo do útero, vulva, vagina e garganta. A imunização protege a todos.

3. Use exemplos práticos e dados
Apresentar números ajuda a derrubar preconceitos. Estima-se que entre 9 e 10 milhões de brasileiros estejam infectados pelo HPV, com cerca de 700 mil novos casos por ano. Entre jovens de 16 a 25 anos, a prevalência chega a 54,6%, sendo 38,4% de tipos de alto risco³.

4. Fale de cuidado mútuo
Vacinar-se é um gesto de amor e responsabilidade. Protege a si mesmo e ao parceiro, reduzindo a transmissão do vírus e aumentando a segurança na relação.

A vacina contra o HPV é uma das ferramentas mais eficazes da medicina preventiva. Produzida a partir de partículas semelhantes ao vírus, mas sem material genético, ela não causa infecção. Estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos que bloqueiam o vírus em futuras exposições. Existem diferentes versões que protegem contra os tipos de maior risco, prevenindo também verrugas genitais.

Indicada para meninas e meninos a partir dos 9 anos, assim como para adultos não vacinados, a imunização é segura, eficaz e de longo prazo. Romper o silêncio e conversar sobre o HPV é fundamental para ampliar a prevenção e salvar vidas.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa e especialistas na área de saúde.

Referências:
¹ Campaner, A. Epidemiologia do papilomavírus humano em homens: pensando além. Alta Diagnósticos.
² Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil.
³ Ministério da Saúde. Vacina contra o HPV: a melhor e mais eficaz forma de proteção contra o câncer de colo de útero.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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