Vacina contra meningite B pode ajudar a proteger contra gonorreia, indicam estudos recentes

Descoberta reforça a importância da prevenção e abre caminho para novas estratégias no combate às ISTs

No Dia Mundial da Saúde Sexual, celebrado em 4 de setembro, uma notícia promissora reforça a importância da prevenção em saúde pública: estudos recentes indicam que a vacina contra meningite B (MenB), originalmente desenvolvida para prevenir a meningite, pode oferecer proteção parcial contra a gonorreia, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que tem apresentado crescimento global.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram registrados cerca de 82,4 milhões de novos casos de gonorreia em pessoas entre 15 e 49 anos, com maior incidência na África e na Região do Pacífico Ocidental. A bactéria Neisseria gonorrhoeae, causadora da gonorreia, pode infectar genitais, reto, garganta e até os olhos. A doença muitas vezes é assintomática, o que dificulta o diagnóstico e contribui para sua disseminação silenciosa. Quando os sintomas aparecem, incluem dor ao urinar, corrimento genital e desconforto durante as relações sexuais.

A ginecologista Maria dos Anjos Neves destaca que a transmissão ocorre principalmente por relações sexuais sem proteção, independentemente da identidade de gênero ou orientação sexual. Um desafio crescente é a resistência da bactéria aos antibióticos, incluindo cepas resistentes à ceftriaxona, principal medicamento para o tratamento. Essa resistência aumenta o risco de uma “supergonorreia”, além de complicações como infertilidade, doenças inflamatórias pélvicas e maior facilidade na transmissão do HIV.

Os estudos publicados no The Journal of Infectious Diseases e em uma meta-análise no PubMed indicam que a vacina MenB pode reduzir em até 40% o risco de contrair gonorreia. No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) iniciou um programa pioneiro de vacinação com MenB para grupos de maior risco, como homens gays e bissexuais com histórico de múltiplos parceiros ou ISTs anteriores.

A infectologista Rosana Richtmann ressalta que, apesar do potencial da vacina MenB, ela não substitui as medidas tradicionais de prevenção, como o uso consistente de preservativos, testagem regular e acompanhamento médico. A descoberta representa um avanço importante, mas ainda há o desafio global de desenvolver uma vacina específica para a bactéria da gonorreia.

Essa novidade reforça que a ciência e a prevenção caminham juntas na luta contra as ISTs, destacando a necessidade de ampliar o acesso à educação em saúde e políticas públicas que promovam a proteção e o bem-estar de todos.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e dados de estudos científicos recentes.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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