Brasil registra 187 estupros por dia em 2025: especialistas alertam para urgência da denúncia

Dados do Mapa Nacional da Violência de Gênero revelam cenário alarmante e reforçam a importância do acolhimento e da proteção às vítimas

O Mapa Nacional da Violência de Gênero, divulgado em agosto de 2025, revela um dado alarmante: o Brasil registrou 34 mil casos de estupro nos primeiros seis meses do ano, o que equivale a uma média de 187 vítimas por dia. Além disso, mais de 418 mil mulheres foram vítimas de diferentes tipos de violência, incluindo ameaças, lesões corporais, homicídios e feminicídios. Esses números, segundo especialistas, representam apenas a ponta do iceberg, já que muitas mulheres ainda não denunciam seus agressores.

A maioria dos episódios de violência ocorre dentro da própria residência da vítima, evidenciando a vulnerabilidade no espaço que deveria ser seguro. Em São Bernardo do Campo, a Casa da Mulher Paulista, administrada pela ONG Ficar de Bem em parceria com a Prefeitura, atua como um importante espaço de acolhimento e enfrentamento dessa realidade. O local oferece atendimentos especializados durante todo o ano, sem necessidade de encaminhamento prévio, incluindo suporte jurídico, psicológico e assistência social, além de iniciativas para promover a autonomia e emancipação financeira das mulheres atendidas.

A psicóloga Sara Gonçalves, gerente de projetos da ONG, destaca que o acolhimento psicossocial é fundamental para que a mulher consiga romper o ciclo da violência. “Muitas chegam fragilizadas, com medo ou até mesmo sem reconhecer a gravidade da situação. Nosso papel é oferecer escuta qualificada, apoio emocional e caminhos para que retomem suas vidas com segurança”, explica.

Do ponto de vista jurídico, o advogado Francisco Gomes Junior ressalta a importância da Lei Maria da Penha, que permite a solicitação de medidas protetivas de urgência, como afastamento do agressor e restrição de contato, geralmente deferidas em até 48 horas para garantir a integridade da vítima. Ele também lembra que a assistência jurídica gratuita está garantida pela Constituição, podendo ser acessada pela Defensoria Pública, e que centros de referência, como a Casa da Mulher Paulista, oferecem suporte integral para que a mulher não enfrente sozinha o processo de denúncia e proteção.

Ambos os especialistas reforçam a importância da denúncia para a efetividade das políticas públicas e para que o sistema judiciário possa agir em tempo hábil. As mulheres podem procurar Delegacias da Mulher ou delegacias comuns para registrar boletim de ocorrência, além de acionar canais como o Ligue 180 ou a Patrulha Guardiã Maria da Penha (153) em casos de risco imediato. Romper o silêncio é fundamental para garantir proteção e responsabilização dos agressores.

A ONG Ficar de Bem, que administra a Casa da Mulher Paulista, atua há 36 anos na defesa dos direitos e no apoio integral a mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, promovendo uma rede de cuidado e respeito. A instituição é reconhecida por sua transparência e eficiência, reafirmando seu compromisso com uma sociedade justa e igualitária.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa, reforçando a urgência do enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil e a importância do acolhimento e da denúncia.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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