80% dos professores enfrentam distúrbios vocais: saiba como proteger sua voz

Ambiente escolar e hábitos diários impactam a saúde vocal dos docentes; veja dicas para evitar problemas

Dados recentes da assessoria de imprensa revelam que até 80% dos professores sofrem com algum distúrbio na voz, um problema que ganha destaque especialmente após o retorno às aulas em agosto de 2025. A rotina intensa, aliada a fatores ambientais como ruídos excessivos, má acústica das salas e o uso constante da voz, tem provocado sintomas como rouquidão, fadiga vocal e alterações no tom, característicos da disfonia.

Estudos acadêmicos, como o realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apontam que a sobrecarga vocal dos docentes está diretamente relacionada às condições do ambiente escolar. A competição sonora com o barulho dos alunos e a acústica inadequada das salas levam a um esforço vocal contínuo, que pode resultar em lesões como nódulos e pólipos nas cordas vocais. Além do desconforto, essa situação impacta a saúde ocupacional, elevando o estresse e aumentando os afastamentos médicos.

Outro levantamento da UNIMONTES, de 2023, destaca que cerca de um terço dos professores apresenta quatro ou mais sintomas vocais, sendo que aqueles com pouca atividade física têm 40% mais risco de desenvolver esses problemas. Fatores como carga horária intensa, exposição ao pó de giz, estresse organizacional e ambientes ruidosos agravam ainda mais a situação. Dados da UFMG reforçam que um em cada três professores já sentiu limitações no trabalho devido a problemas vocais, especialmente em contextos urbanos.

A otorrinolaringologista Dra. Adriana Hachiya, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), explica que o esforço vocal e padrões inadequados podem causar fonotrauma, levando a inflamações e lesões nas cordas vocais. Para prevenir e amenizar esses distúrbios, ela recomenda algumas medidas práticas:

– Aquecimento e desaquecimento vocal com técnicas fonoaudiológicas para preparar e relaxar a voz;
– Evitar o uso abusivo da voz, como gritos e falar em ambientes barulhentos;
– Manter hidratação adequada, consumindo de 2 a 3 litros de água por dia e evitar o ar-condicionado direto;
– Cuidar de hábitos prejudiciais, como evitar fumo, roupas apertadas no pescoço e refeições pesadas antes das aulas;
– Reduzir ruídos e melhorar o ambiente escolar com ventilação adequada, limpeza, menor uso de giz e estratégias pedagógicas que diminuam a competição sonora;
– Praticar atividade física regularmente, já que professores ativos têm menor prevalência de sintomas vocais.

Essas orientações mostram que a saúde vocal dos professores é uma questão que envolve tanto cuidados pessoais quanto melhorias estruturais no ambiente escolar. Investir na prevenção e no bem-estar dos docentes é fundamental para garantir a qualidade do ensino e a continuidade do trabalho.

A ABORL-CCF, entidade com mais de 70 anos de atuação, reforça a importância da especialidade e promove ações para o desenvolvimento da otorrinolaringologia no Brasil, buscando também melhores condições para os profissionais da área.

Cuidar da voz é cuidar da saúde e da carreira. Se você é professora, fique atenta aos sinais e adote hábitos que preservem sua principal ferramenta de trabalho.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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