Mais de 300 milhões de crianças sofrem exploração sexual on-line: campanha alerta para os perigos da internet

ONG ChildFund lança ação na América Latina para proteger crianças e adolescentes contra abusos digitais

Dados alarmantes revelam que mais de 300 milhões de crianças em todo o mundo foram vítimas de exploração sexual on-line no último ano, segundo estudo da ONG ChildLight. Esse número representa cerca de 12,6% da população infantil global e inclui casos de produção e distribuição não consentida de imagens e vídeos sexuais. Além disso, a Internet Watch Foundation aponta que 70% dessas vítimas têm menos de 12 anos. Apesar da gravidade, apenas 30% dos países criminalizam todas as formas de exploração sexual contra crianças e adolescentes, conforme o UNICEF. Outro dado preocupante é o aumento de 1000% nos casos de extorsão financeira envolvendo menores entre 2019 e 2023, segundo o National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC).

Na América Latina, o cenário também é crítico. Uma pesquisa inédita realizada pelo ChildFund no Equador em 2025 identificou os principais riscos digitais enfrentados por crianças e adolescentes: cyberbullying, assédio em redes sociais, perfis falsos, sexting e violência sexual digital. O estudo revelou que 1 em cada 10 jovens já sofreu ameaças, chantagens ou divulgação não consentida de imagens íntimas, muitas vezes por pessoas próximas ou desconhecidas. O grooming — prática criminosa em que um adulto ou adolescente estabelece contato com uma criança para abuso sexual — representa mais de 50% das denúncias de violência sexual, afetando principalmente meninas entre 11 e 17 anos.

O debate ganhou destaque recentemente após o youtuber Felca denunciar a adultização e exploração de crianças em conteúdos digitais, citando o caso do influenciador Hytalo Santos. A repercussão levou a ações do Ministério Público, remoção de perfis e discussões no Congresso Nacional, evidenciando que os “monstros” virtuais são uma ameaça real e cotidiana.

Para enfrentar esse cenário, a ONG ChildFund Brasil, com quase 60 anos de atuação na defesa dos direitos da infância, lançou a campanha internacional “Os Monstros na Internet São Reais”. A iniciativa está presente em seis países da América Latina (Brasil, México, Guatemala, Honduras, Equador e Bolívia) e oferece relatos reais de adolescentes, vídeos impactantes e materiais educativos gratuitos para apoiar famílias e educadores na prevenção e identificação de riscos digitais como assédio, cyberbullying, grooming e exploração sexual.

A metáfora dos “monstros” é usada para dar forma concreta às ameaças virtuais, ajudando crianças, famílias e educadores a reconhecer e enfrentar os perigos da internet. A campanha completa, com vídeos e orientações, está disponível no site oficial da iniciativa, que também oferece cartilhas e o curso “Safe Child” para proteção on-line.

No Brasil, o estudo “Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet”, lançado pelo ChildFund no final de 2024, revelou que 54% dos adolescentes já sofreram algum tipo de violência sexual on-line — cerca de 9,2 milhões de jovens. Apenas 35% recebem supervisão parental, e 94% não sabem como agir diante de uma situação de violência. O risco aumenta com a idade, sendo que jovens de 17 e 18 anos têm até 1,3 vezes mais chances de sofrer violência on-line do que adolescentes de 15 anos.

Diante desses números, o ChildFund reforça a importância de mobilizar toda a sociedade para garantir a proteção on-line de crianças e adolescentes, oferecendo recursos para que famílias e educadores possam agir com conhecimento e segurança. A campanha “Os Monstros na Internet São Reais” é um passo fundamental para conscientizar e prevenir os riscos digitais que ameaçam a infância e a adolescência na era digital.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa do ChildFund Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 48 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar