Carcinoma Basocelular: Prevenção e Tratamento de um dos Cânceres de Pele Mais Comuns no Brasil
A importância da detecção precoce, cuidados contínuos e o papel da cirurgia plástica na recuperação e qualidade de vida dos pacientes
Na última semana, a atriz Fernanda Rodrigues, de 45 anos, revelou em suas redes sociais que foi diagnosticada novamente com um carcinoma basocelular, um tipo de câncer de pele. Ela contou que já havia passado por um procedimento para remoção da lesão no ano passado, mas precisou enfrentar uma nova cirurgia. “Vou ter que operar de novo. Vida que segue. Conheço pessoas que já fizeram cinco, seis cirurgias. Preciso me cuidar e me proteger cada vez mais”, disse a atriz, reforçando a importância da prevenção.
O carcinoma é um tumor que surge nas células epiteliais, responsáveis por revestir a pele e também alguns órgãos internos. O basocelular é o mais comum entre os cânceres de pele e, felizmente, costuma ser de crescimento lento, mas precisa sempre de tratamento adequado.
Entre os sinais de alerta mais frequentes estão feridas que não cicatrizam, manchas que mudam de cor ou tamanho, nódulos que aumentam lentamente e lesões que sangram com facilidade. Esses sintomas muitas vezes começam de forma discreta, mas podem evoluir progressivamente.
O principal tratamento para o carcinoma basocelular é a cirurgia, na qual a lesão é totalmente retirada. A remoção cirúrgica é o padrão mais eficaz. Dependendo do caso, podem ser usadas outras opções, como crioterapia, radioterapia ou até medicamentos tópicos. O diagnóstico precoce é fundamental: quanto menor a lesão, mais simples e eficiente será a abordagem.
Após a cirurgia mais recente, Fernanda Rodrigues tranquilizou os seguidores, relatando que a recuperação está indo bem: “Já tirei o basocelular, foi tudo muito tranquilo e estou ótima. A palavra carcinoma assusta, mas informação e precaução fazem toda diferença. Agora já passou, vida que segue.”
O carcinoma basocelular pode reaparecer se não for retirado com margens adequadas ou se a pessoa continuar exposta ao sol sem proteção. Além disso, quem já teve um tumor de pele precisa redobrar os cuidados, porque o risco de desenvolver novas lesões é maior.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil. Fatores como o clima tropical, a alta exposição solar e a falta do hábito de usar protetor solar diariamente contribuem para esse cenário. Infelizmente, ainda é muito comum que as pessoas negligenciem o uso do filtro solar, mesmo em atividades simples do dia a dia. Por isso, campanhas de prevenção são tão importantes. Proteger a pele é sempre o melhor caminho.
A cirurgia plástica vai muito além do ato cirúrgico em si: envolve preparo físico, acompanhamento médico rigoroso e atenção especial à imunidade do paciente, sobretudo em períodos de maior circulação de vírus, como gripes sazonais e pandemias. O sucesso do procedimento depende não apenas da habilidade do cirurgião, mas também da responsabilidade do paciente em seguir os cuidados indicados e adotar um estilo de vida saudável.
É importante que cada pessoa compreenda que o corpo precisa estar fortalecido para reagir bem ao estresse cirúrgico e garantir uma recuperação tranquila. Cirurgia plástica é um investimento em autoestima, mas também deve ser, sobretudo, um investimento em saúde.
Assim, ao aliar a busca estética a práticas de autocuidado e prevenção, os resultados não se traduzem apenas em uma aparência renovada, mas em bem-estar físico e psicológico de longo prazo.
Por Dr. Hugo Sabath
Cirurgião Plástico – CRM 131.199/SP
Artigo de opinião