Treinamento cirúrgico inovador leva técnicas de preservação ao interior do Brasil
Método pioneiro capacita médicos fora dos grandes centros, ampliando acesso a cirurgias que salvam vidas e preservam a fertilidade feminina
Com dados da assessoria de imprensa, um novo modelo de treinamento cirúrgico está revolucionando a formação médica no interior do Brasil, ampliando o acesso a técnicas avançadas que preservam vidas e fertilidade. Criado pelo cirurgião oncológico Marcelo Vieira, o método combina ensino a distância, simulação prática e acompanhamento individualizado, superando a concentração de 70% das capacitações presenciais nas capitais e grandes centros, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobrice).
Essa iniciativa já capacitou centenas de profissionais em diversas regiões do país, possibilitando que médicos do interior atualizem suas habilidades sem a necessidade de longos deslocamentos, mantendo padrões de qualidade equiparados aos dos hospitais de referência. “O interior do país concentra médicos que atendem a uma demanda enorme com pouca oferta de atualização técnica. A proposta é levar até esses profissionais o mesmo padrão de treinamento disponível nos hospitais de referência”, afirma Vieira, que em 2019 realizou o primeiro transplante robótico intervivos do Brasil.
A importância dessa qualificação é especialmente crítica na ginecologia oncológica. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) registra mais de 17 mil novos casos anuais de câncer de colo do útero, uma das principais causas de morte entre mulheres. Em estágios iniciais, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas podem preservar o útero e a possibilidade de gestação, mas dependem de cirurgiões qualificados e infraestrutura adequada.
Além do treinamento, Vieira desenvolveu o dispositivo Duda, aprovado pela Anvisa, que evita o fechamento do canal endocervical após cirurgias no colo uterino, preservando a função reprodutiva. Em estudo com 240 pacientes, o dispositivo mostrou maiores taxas de preservação anatômica e gravidez em comparação ao grupo controle. “Não basta salvar a vida da paciente. É preciso oferecer condições para que ela mantenha seus planos e sua qualidade de vida”, destaca o especialista.
O impacto do treinamento também alcança mulheres com endometriose, doença que afeta cerca de 6,5 milhões de brasileiras, segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE). Em casos graves, a doença pode levar à infertilidade e requer cirurgias de alta precisão para preservar estruturas reprodutivas. Vieira reforça que “a decisão de como operar e de que forma preservar órgãos vitais depende de formação e experiência. A tecnologia só cumpre seu papel quando está nas mãos certas”.
Ao integrar telemedicina, simulação prática em peças anatômicas e protocolos baseados em evidências, a Metodologia Cirúrgica desenvolvida busca democratizar o acesso à formação especializada e reduzir desigualdades no tratamento. “O avanço técnico só gera impacto real quando chega a quem está na ponta, cuidando diretamente do paciente”, conclui Marcelo Vieira.
Essa iniciativa representa um avanço significativo na saúde feminina, garantindo que mulheres de todas as regiões do Brasil tenham acesso a cuidados cirúrgicos modernos e que respeitam sua fertilidade e qualidade de vida.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA