Imunoterapia revoluciona tratamento do câncer de pulmão e reduz risco de morte
Estudos recentes comprovam eficácia do pembrolizumabe em melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células
O câncer de pulmão é o tipo de câncer mais comum no mundo e um dos que mais causam mortes. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele é o terceiro câncer mais incidente entre homens e o quarto entre mulheres no Brasil. Entre os tipos, o câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP) representa entre 80% e 85% dos casos, sendo o foco de avanços recentes no tratamento oncológico.
Dados da assessoria de imprensa destacam que, nos Estados Unidos, até 20% dos pacientes com câncer de pulmão nunca fumaram ou fumaram muito pouco, evidenciando que outros fatores, como a poluição do ar, também contribuem para o desenvolvimento da doença. A poluição urbana pode ser responsável por até 2% das mortes por câncer de pulmão, enquanto o uso de cigarro eletrônico pode aumentar significativamente a exposição à nicotina, com níveis até seis vezes maiores do que o consumo de 20 cigarros convencionais por dia.
Dois estudos clínicos recentes, KEYNOTE-091 e KEYNOTE-671, trouxeram resultados promissores para o tratamento do CPCNP com imunoterapia, especificamente com o uso do pembrolizumabe. O estudo KEYNOTE-091 avaliou 1.177 pacientes com câncer em estágio IB a IIIA que passaram por cirurgia. Os pacientes que receberam pembrolizumabe apresentaram uma mediana de sobrevida livre de doença de 53,6 meses, contra 42 meses no grupo placebo, com uma redução de 24% no risco de recorrência ou morte.
Já o estudo KEYNOTE-671 investigou a combinação de pembrolizumabe com quimioterapia em pacientes nos estágios II a IIIB. Os resultados mostraram uma mediana de sobrevida livre de eventos de 47,2 meses no grupo tratado, comparado a 18,3 meses no grupo controle, com uma redução de 28% no risco de morte.
Esses avanços levaram à aprovação do pembrolizumabe pela ANVISA para uso adjuvante após cirurgia e quimioterapia à base de platina, ampliando as opções terapêuticas para pacientes em estágios iniciais da doença. Considerando que a taxa de sobrevida global do câncer de pulmão é de apenas 18% após cinco anos, a imunoterapia representa um avanço significativo, oferecendo maior esperança e qualidade de vida.
Com mais de 96 mil novos casos estimados entre 2023 e 2025, a incorporação de tratamentos inovadores como o pembrolizumabe pode transformar o cenário do câncer de pulmão no Brasil. A pesquisa contínua e a inovação são essenciais para melhorar os desfechos clínicos e proporcionar melhores prognósticos para milhares de pacientes, especialmente mulheres que enfrentam essa doença.
A imunoterapia, ao estimular o sistema imunológico a combater as células tumorais, abre caminho para tratamentos mais eficazes e menos agressivos, contribuindo para a redução das recidivas e para a melhora dos resultados a longo prazo. Esses estudos reforçam a importância de investir em ciência e tecnologia para o avanço da saúde feminina e do bem-estar geral.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA