“Aldrava”: A nova obra de Aline Cardoso que celebra feminismo negro e ancestralidade

A escritora, editora e gestora cultural paraibana Aline Cardoso acaba de lançar “Aldrava”, sua mais recente obra literária contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo. Produzido entre 2020 e 2023, período marcado por desafios pessoais e políticos, o livro é um mergulho poético que aborda temas essenciais como identidade negra, racismo estrutural, feminismo e território, sempre a partir da perspectiva de uma mulher negra nordestina.

Nascida e criada nas periferias de João Pessoa, Aline traz em “Aldrava” uma escrita concisa e afiada, que desafia as narrativas hegemônicas e articula vivências pessoais com a resistência coletiva. A autora afirma: “Escrevo porque muitas mulheres antes de mim não podiam fazê-lo. Escrevo por reparação e por bem-viver, por dignidade, liberdade e fúria”. O livro, organizado a partir do poema homônimo, representa para Aline um divisor de águas, permitindo-lhe expandir horizontes e cruzar fronteiras impostas a pessoas como ela.

Além da produção literária, Aline Cardoso é uma importante ativista cultural. Ela fundou a Editora Triluna e o projeto afirmativo Lua Negra, que têm como objetivo publicar autores negros e abrir espaço para vozes plurais. “Criei a Triluna porque, como escritora paraibana, nada era acessível. Decidi abrir caminhos para que outras vozes plurais também fossem ouvidas”, explica. A editora já publicou mais de 30 obras, dando prioridade a mulheres negras nordestinas, e se tornou referência em diversidade editorial.

Com 33 anos, Aline é licenciada em Língua Portuguesa, mestre em Linguística pela UFPB e especialista em Gestão Cultural. Sua trajetória é marcada por premiações em editais importantes, como Maria Pimentel e João Balula, além de sua atuação na Secretaria de Cultura da Paraíba, onde coordena programas de formação cultural. Ela também produz o podcast Linha Negra, que amplia o debate sobre cultura e identidade negra.

“Aldrava” não é apenas um livro, mas um ato político que representa o florescer de uma semeadura ancestral, nas palavras da própria autora. É o quinto livro de Aline, que já publicou obras como “Harpia” (2020) e “Ritos Encantatórios” (2021). A obra reafirma a importância da literatura como ferramenta de resistência, reparação e afirmação da identidade negra feminina no Nordeste brasileiro.

Este conteúdo foi produzido com informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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