Resistência à tecnologia limita produtividade nos escritórios de advocacia brasileiros
Centralização e medo da inovação atrasam modernização e eficiência no setor jurídico, aponta especialista
Dados recentes da assessoria de imprensa revelam que, apesar do Brasil contar com mais de 1,43 milhão de advogados e 84 milhões de processos em tramitação, a produtividade nos escritórios de advocacia ainda é prejudicada por uma forte resistência à tecnologia e uma mentalidade centralizadora. Cristiano Ferreira, fundador do Grupo Advogado 10x, destaca que a adoção estruturada de inteligência artificial (IA), combinada a processos claros e gestão profissional, é essencial para superar esses gargalos e manter a competitividade no mercado jurídico.
Segundo Ferreira, “IA é alavanca, não atalho. Primeiro vem processo, depois vem prompt”. Isso significa que a tecnologia deve ser implementada somente após a padronização e organização das rotinas de trabalho, garantindo que a automação seja eficaz e segura. O advogado brasileiro, tradicionalmente acostumado a revisar e decidir tudo sozinho, cria um gargalo que limita a escalabilidade e a eficiência dos escritórios.
O uso responsável da inteligência artificial pode transformar o papel do advogado, que passaria de um executor solitário para um gestor e empresário. Ferramentas como o Chat GPT auxiliam na pesquisa jurídica, automação de peças e triagem de documentos, mas exigem protocolos rigorosos de segurança e validação humana para evitar erros e riscos éticos.
Apesar do potencial, a resistência à modernização ainda é grande. Pesquisas da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) indicam que menos de 40% dos grandes escritórios possuem políticas formais para o uso de IA generativa. Essa resistência é motivada por desconhecimento técnico, medo de substituição e apego a práticas tradicionais, como a crença de que a qualidade do trabalho depende da revisão pessoal do sócio.
Fora do setor jurídico, 43% das empresas brasileiras planejam investir em inteligência artificial nos próximos 12 meses, segundo a consultoria IDC. Para não perder relevância, a advocacia precisa acompanhar essa transformação, estruturando processos e adotando tecnologias de forma consciente e estratégica.
Cristiano Ferreira reforça que “quem delega com método ganha escala sem perder controle”. O Grupo Advogado 10x, que reúne mais de 25 mil advogados no Brasil e em Portugal, é um exemplo de iniciativa que promove a profissionalização da advocacia, integrando educação, inovação e soluções práticas para o mercado jurídico moderno.
A mensagem é clara: a modernização é urgente para que os escritórios de advocacia possam aumentar sua produtividade e enfrentar a sobrecarga do Judiciário brasileiro, que atualmente tem um tempo médio de tramitação de processos superior a quatro anos. A tecnologia, quando aliada a processos bem definidos, é a chave para essa transformação.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA