Inteligência Artificial revoluciona a detecção precoce do autismo em crianças
Tecnologia inovadora promete acelerar diagnósticos e ampliar o acesso a intervenções no Transtorno do Espectro Autista
A detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um dos maiores desafios da prática clínica, mas também representa uma oportunidade valiosa para intervenções que favorecem o desenvolvimento das crianças. Conforme explica o Dr. Tarcizio Brito, neuropediatra do laboratório Bronstein e das clínicas de terapias especiais para autismo da Dasa, “os primeiros sintomas do TEA podem se manifestar entre 12 e 24 meses de idade”. No entanto, barreiras como a escassez de especialistas e a conscientização social limitada dificultam o diagnóstico, que pode levar, em média, de 4 a 6 anos para ser confirmado.
Para superar esses obstáculos, pesquisadores sul-coreanos do Electronics and Telecommunications Research Institute (ETRI), em parceria com o Hospital Bundang da Universidade Nacional de Seul, desenvolveram uma tecnologia baseada em inteligência artificial (IA) que analisa a interação social de crianças pequenas por meio de vídeos curtos. Essa ferramenta foca em comportamentos essenciais como contato visual, resposta ao nome, imitação de ações e gestos de apontar, entre outros indicadores sociais.
De acordo com o Dr. Tarcizio Brito, “essas análises ajudam a rastrear sinais precoces do TEA de forma mais acessível, com potencial para encurtar o tempo entre a suspeita inicial e a avaliação clínica”. Essa inovação é a primeira tecnologia de IA baseada em “conteúdo indutor de interação social”, podendo ser utilizada em ambientes como escolas, creches, centros de desenvolvimento e até mesmo em casa. Ela permite a identificação de comportamentos como rastreamento do olhar, detecção de gestos, monitoramento de estados emocionais e análise de comportamentos estereotipados.
Apesar dos resultados promissores, o especialista alerta para a importância de usar essa tecnologia como uma ferramenta complementar de triagem, que apoie responsáveis e profissionais de saúde na percepção precoce de comportamentos atípicos. No Brasil, exames genéticos também são importantes na investigação do TEA, como cariótipo, MLPA, CGH-array, painel NGS e exoma completo, que ajudam a identificar alterações cromossômicas e mutações relacionadas a síndromes específicas do espectro.
O Dr. Roberto Giugliani, coordenador de doenças raras de Dasa Genômica, reforça que “além de ampliar a acessibilidade, a IA, como ferramenta para a triagem precoce, pode ajudar não apenas na prontidão para intervenções, mas também na redução dos estigmas sociais relacionados ao autismo.” Ele destaca que o uso da inteligência artificial deve ser parte de um processo mais amplo, conduzido por profissionais qualificados, para reduzir o tempo até o diagnóstico e promover maior inclusão social, impactando positivamente a vida de muitas famílias.
Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, trazendo informações atuais e relevantes sobre o avanço tecnológico na área da saúde infantil e autismo. A inteligência artificial surge como uma aliada importante para transformar a forma como o TEA é detectado, ampliando as possibilidades de cuidado e desenvolvimento para as crianças.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA