Enxaqueca: Como o medo do julgamento afeta a vida de milhões de brasileiras
Descubra os impactos da desinformação e do preconceito na qualidade de vida das pessoas com enxaqueca
A enxaqueca atinge mais de 32 milhões de brasileiros, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e é uma doença neurológica crônica que vai muito além de uma simples dor de cabeça. Apesar da alta prevalência, o diagnóstico pode levar em média 17 anos, devido à desinformação, tabus e preconceitos que cercam a condição. Essas barreiras impactam diretamente a qualidade de vida e a produtividade das pessoas que convivem com a doença, especialmente no ambiente social e profissional.
Muitas vezes, as crises de enxaqueca são confundidas com dores de cabeça comuns, o que atrasa a busca por tratamento especializado. O Dr. Mario Peres, neurologista e presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces), destaca que “a forma grave compromete a execução de atividades do dia a dia” e que “apenas o tratamento adequado é capaz de devolver às pessoas a possibilidade de retomar a produtividade”.
Além da falta de conhecimento, outros fatores sociais dificultam o acesso ao tratamento. A automedicação é um problema frequente, pois a ausência de orientação médica adequada pode agravar os sintomas e dificultar o controle da doença. Outro mito comum é acreditar que evitar os chamados “gatilhos” — como estresse, certos alimentos, luz intensa e alterações hormonais — seja suficiente para prevenir as crises. A enxaqueca tem uma base genética e envolve aspectos físicos, emocionais e ambientais, exigindo um tratamento multifatorial.
A minimização dos sintomas e da dor pela sociedade, especialmente no ambiente de trabalho, gera medo e vergonha de falar sobre a doença. Muitos pacientes evitam comentar sobre suas crises ou se afastar temporariamente, por receio de julgamentos e má interpretação. Essa situação é agravada pela culpabilização, já que a enxaqueca é frequentemente associada a problemas emocionais, como ansiedade e irritabilidade, o que aumenta o isolamento e dificulta a busca por ajuda médica.
Embora a enxaqueca não tenha cura, o tratamento adequado pode garantir qualidade de vida, reduzir a intensidade e a frequência das crises, além de restaurar a autoconfiança dos pacientes. O acompanhamento médico é fundamental para que as pessoas possam retomar suas atividades cotidianas e melhorar seu bem-estar.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas por assessoria de imprensa especializada, destacando a importância de desmistificar a enxaqueca e promover o acesso ao tratamento correto para milhões de brasileiros que convivem com essa condição.
Conhecer, entender e apoiar são passos essenciais para transformar o impacto da enxaqueca na vida das mulheres e de toda a sociedade.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA