Câncer de pulmão: tabagismo lidera, mas poluição do ar preocupa com quase 200 mil casos anuais

Além do cigarro, a poluição ambiental é um fator crescente no desenvolvimento do câncer de pulmão, especialmente entre não fumantes

O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte por tumores malignos no mundo, com cerca de 1,8 milhão de óbitos anuais. Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), o tabagismo permanece como o maior vilão na incidência da doença. Entretanto, um dado alarmante chama a atenção: quase 200 mil casos anuais de câncer de pulmão no mundo estão associados à poluição do ar, especialmente em pessoas que nunca fumaram.

De acordo com o GBOT, a medida mais eficaz para reduzir a incidência de câncer de pulmão é evitar o consumo de qualquer forma de tabaco, incluindo cigarro, charuto, cachimbo, narguilé e, embora ainda em debate, o uso do vape (cigarro eletrônico). A campanha Agosto Branco reforça essa conscientização, mas também alerta para o aumento significativo de casos entre não fumantes, que representam cerca de 25% dos diagnósticos globais da doença. No Brasil, isso significa que aproximadamente 8 mil pessoas que nunca fumaram podem receber o diagnóstico de câncer de pulmão em 2025.

Um estudo publicado em julho de 2025 na revista Nature destaca que a poluição do ar, especialmente por partículas finas PM₂.₅, está fortemente ligada a mutações genéticas que favorecem o desenvolvimento do câncer, como alterações no gene TP53, responsável pelo controle da integridade do DNA celular. “A poluição interfere na capacidade das células de reparar danos que podem levar ao desenvolvimento do câncer de pulmão”, explica Vladmir Cordeiro de Lima, presidente do GBOT.

Além da poluição, outros fatores de risco para o câncer de pulmão em não fumantes incluem predisposição genética e doenças pulmonares prévias. O adenocarcinoma é o subtipo mais comum tanto em fumantes quanto em não fumantes, e a exposição contínua a poluentes ambientais, como emissões veiculares e industriais, é um fator determinante para o aumento dos casos.

Os sintomas do câncer de pulmão podem ser confundidos com doenças respiratórias comuns, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os sinais mais frequentes estão tosse persistente, dor no peito, falta de ar, rouquidão, tosse com sangue, perda de peso e fadiga. Caso a doença se espalhe, pode causar dores ósseas, fraqueza, dores de cabeça e outros sintomas neurológicos.

Diante desse cenário, o GBOT reforça a importância de políticas públicas que reduzam a poluição do ar e promovam o uso de energias limpas, além da conscientização sobre os riscos do tabagismo. Estar atento aos sintomas e buscar avaliação médica são passos essenciais para o diagnóstico precoce e melhores resultados no tratamento do câncer de pulmão.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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