Por que o Team Building é a Melhor Estratégia para Fortalecer Equipes

Superando o happy hour, experiências com propósito criam vínculos duradouros e impulsionam a cultura organizacional

O mercado corporativo insiste em tratar o happy hour como uma resposta rápida para desafios complexos, como engajamento, retenção e fortalecimento de cultura. A ideia de que encontros informais, muitas vezes descolados do contexto real da equipe, são suficientes para criar conexão e pertencimento é, no mínimo, ingênua. O que se observa, na prática, é que ações genéricas não sustentam vínculos no longo prazo. A falsa percepção de que confraternizações isoladas resolvem problemas estruturais leva empresas a desperdiçarem tempo, energia e recursos em soluções paliativas que se desfazem já na segunda-feira.

O problema central está na falta de intencionalidade. Uma conexão verdadeira não se constrói com ações genéricas. O que gera impacto real são experiências com curadoria, pensadas com propósito e alinhadas aos objetivos da liderança. Quando bem planejadas, essas vivências fortalecem a cultura, ampliam o senso de pertencimento e criam vínculos sólidos dentro das organizações. E isso não é só percepção: segundo uma pesquisa da McKinsey, colaboradores que sentem um forte senso de pertencimento são 56% mais produtivos, 50% menos propensos a deixar a empresa e apresentam um aumento de 167% na satisfação no trabalho. Mesmo assim, a Deloitte aponta que apenas 19% das empresas se consideram preparadas para construir uma cultura organizacional sólida, embora 94% dos executivos reconheçam que ela é essencial para o sucesso dos negócios.

Cada vez mais, organizações que realmente desejam fortalecer seus times têm investido em experiências que vão além do entretenimento. Em vez de optar por soluções genéricas, essas empresas escolhem propostas personalizadas, com vivências que dialogam diretamente com os desafios e metas estratégicas da equipe. São atividades que geram aprendizados, abrem espaço para vulnerabilidades e ampliam a escuta. Não se trata de substituir o momento leve, mas de ressignificá-lo com propósito. Ao fazer isso, essas companhias conseguem transformar ações pontuais em processos duradouros de cultura e conexão.

Nesse contexto, o team building deixa de ser apenas uma dinâmica recreativa e passa a ser uma ferramenta estratégica. O orçamento, muitas vezes, pode até ser semelhante ao de um happy hour, mas o retorno é incomparável. A diferença está na intenção, na curadoria e na conexão genuína que se estabelece quando as ações estão alinhadas à cultura e aos objetivos do negócio.

Portanto, a solução passa por abandonar a visão de que cultura se constrói com brindes, festas ou eventos genéricos. É preciso entender que pessoas são o ativo mais estratégico de qualquer organização. E, para que relações de verdade sejam construídas, é fundamental investir em experiências que tenham propósito, que fortaleçam o senso de pertencimento e que deixem legados que não se desfazem no dia seguinte. Não é sobre quantidade de encontros, mas sim sobre a qualidade das conexões que esses encontros proporcionam.

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Por Marcos dos Santos

Fundador e CEO da Vinho Tinta; ex-pesquisador de Teoria dos Jogos na Universidade Estadual do Arizona; ex-Consultor de Educação Corporativa na Volvo

Artigo de opinião

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