Mais de 300 milhões de crianças vítimas de exploração sexual on-line: os monstros da internet são reais

Campanha internacional alerta para os perigos digitais que ameaçam crianças e adolescentes na América Latina

Dados recentes divulgados pela ONG ChildFund Brasil revelam uma realidade alarmante: mais de 300 milhões de crianças em todo o mundo foram vítimas de exploração sexual on-line nos últimos 12 meses. Esse número representa cerca de 12,6% da população infantil global e evidencia a urgência de ações concretas para proteger crianças e adolescentes no ambiente digital.

A ChildFund Brasil, que atua há quase 60 anos na defesa dos direitos da infância, lançou a campanha internacional “Os Monstros na Internet São Reais”, presente em seis países da América Latina — Brasil, México, Guatemala, Honduras, Equador e Bolívia. A iniciativa utiliza relatos reais de adolescentes, vídeos impactantes e materiais educativos gratuitos para apoiar famílias e educadores na prevenção e identificação de riscos como assédio, cyberbullying, grooming e exploração sexual.

Segundo um estudo da ONG ChildLight, 70% das vítimas de exploração sexual on-line têm menos de 12 anos. Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) aponta que apenas 30% dos países criminalizam de forma abrangente todas as formas de exploração sexual contra crianças e adolescentes. Outro dado preocupante é o aumento de 1000% nos casos de extorsão financeira envolvendo menores entre 2019 e 2023, conforme o National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC).

Na América Latina, uma pesquisa inédita realizada pelo ChildFund no Equador em 2025 identificou que 1 em cada 10 crianças e adolescentes já sofreu ameaças, chantagens ou divulgação não consentida de imagens íntimas. O grooming, prática criminosa em que adultos ou adolescentes estabelecem contato com menores com intenção de abuso, representa mais de 50% das denúncias de violência sexual, afetando principalmente meninas entre 11 e 17 anos.

No Brasil, o cenário também é preocupante. O estudo “Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet”, lançado pelo ChildFund no final de 2024, revelou que 54% dos adolescentes brasileiros já sofreram algum tipo de violência sexual on-line, o que corresponde a cerca de 9,2 milhões de jovens. Além disso, apenas 35% recebem supervisão parental, e 94% não sabem como agir diante de situações de violência digital. O risco aumenta com a idade, já que jovens de 17 e 18 anos têm até 1,3 vezes mais chances de sofrer violência on-line do que adolescentes de 15 anos.

O debate ganhou ainda mais visibilidade recentemente, quando o youtuber Felca denunciou casos de adultização e exploração infantil em conteúdos digitais, citando o influenciador Hytalo Santos. O episódio gerou denúncias, remoção de perfis e discussões no Congresso Nacional, mostrando que os “monstros” virtuais são uma ameaça real e cotidiana.

A campanha “Os Monstros na Internet São Reais” usa a metáfora dos monstros para dar forma concreta às ameaças virtuais, ajudando crianças, famílias e educadores a reconhecer e enfrentar esses perigos. O ChildFund oferece vídeos, cartilhas e o curso “Safe Child” para fortalecer a proteção on-line.

Para mais informações, acesse www.monstrosnainternetsaoreais.com e conheça os recursos disponíveis para garantir um ambiente digital mais seguro para nossas crianças e adolescentes. A proteção on-line é uma prioridade que exige mobilização de toda a sociedade.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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