Surto de sarampo na Bolívia acende alerta e reforça vacinação no Brasil
Queda na cobertura vacinal e alta transmissibilidade do sarampo mobilizam Secretarias de Saúde em estados fronteiriços
Um surto de sarampo na Bolívia tem mobilizado as Secretarias de Saúde em diversas regiões do Brasil, especialmente nos estados que fazem fronteira com o país vizinho. Segundo dados da assessoria de imprensa, o número de casos confirmados na Bolívia saltou de 60 em junho para mais de 200 em meados de agosto, com mais de 1.400 casos suspeitos em investigação. Essa situação levou à doação de mais de 600 mil doses da vacina contra o sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em parceria com o governo brasileiro, para apoiar as ações de contenção no país vizinho.
A proximidade geográfica entre a Bolívia e quatro unidades federativas brasileiras tem exigido uma resposta rápida e coordenada. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura intensificou a vacinação em terminais de ônibus, rodoviários, estações de metrô e da CPTM. No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde reforça a imunização em 35 municípios de alto risco, incluindo a aplicação da “dose zero” para crianças entre 6 e 11 meses. Goiás e Mato Grosso do Sul também adotam medidas semelhantes, com monitoramento intensivo e vacinação preventiva em municípios de fronteira.
A médica infectologista Dra. Janaína Teixeira, da Afya São João Del Rei, destaca que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e preocupante por suas complicações graves, como encefalite, cegueira, pneumonia e otite. Ela reforça a importância da vacinação, que faz parte do Calendário Nacional de Imunizações, com duas doses recomendadas para crianças: a primeira aos 12 meses (vacina Tríplice Viral) e a segunda aos 15 meses (vacina Tetra Viral). Para adultos acima de 30 anos, uma dose pode ser suficiente, desde que não haja contraindicações.
Os sintomas do sarampo incluem febre alta, coriza, tosse seca, irritação nos olhos, mal-estar, dores no corpo e manchas vermelhas que começam no rosto e se espalham pelo corpo. Dra. Cinthya Miura, coordenadora de Medicina da Afya Contagem, alerta que a globalização e a circulação intensa de pessoas facilitam a entrada do vírus no país, tornando real o risco de reintrodução do sarampo, especialmente diante da queda nas taxas de vacinação.
Este cenário reforça a necessidade de atenção contínua à vacinação e à prevenção, principalmente para as mulheres, que muitas vezes são responsáveis pelo cuidado da saúde da família. A mobilização das Secretarias de Saúde brasileiras demonstra o compromisso em proteger a população e evitar que o sarampo volte a circular amplamente no Brasil.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Afya e órgãos de saúde, ressaltando a importância da vacinação e da vigilância epidemiológica para a saúde pública.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA