Saúde é a prioridade da inovação para internautas brasileiros, revela pesquisa
Estudo aponta que 73% da população online acredita que inovação em saúde deve liderar investimentos no Brasil
Dados recentes da pesquisa “Percepção e impacto da indústria farmacêutica”, realizada pelo Instituto Ipsos-Ipec a pedido da Interfarma, mostram que a saúde é vista como a principal prioridade para inovação pela população internauta brasileira. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados consideram que a área da saúde deve receber mais investimentos em inovação, superando outras áreas importantes como educação (52%) e segurança (51%).
A pesquisa foi realizada online entre 11 e 22 de abril de 2025, abrangendo todas as regiões do Brasil, com uma amostra de 2.400 pessoas das classes A, B e C, e margem de erro de 2 pontos percentuais. Os resultados revelam também que 83% dos participantes concordam que o desenvolvimento de medicamentos inovadores contribui para o crescimento do país, enquanto 87% reconhecem a importância da indústria farmacêutica no avanço de novos tratamentos.
Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma, destaca que “esses dados mostram o valor que os brasileiros atribuem para a inovação no setor de saúde e deixam clara a relevância da indústria farmacêutica que investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos”. Ele reforça a necessidade de políticas públicas que estimulem a pesquisa e o acesso à inovação em saúde no Brasil.
Entre as expectativas da população em relação à indústria farmacêutica, estão o desenvolvimento de medicamentos inovadores para melhorar a vida dos pacientes (50%), facilitar o acesso a medicamentos (48%) e pesquisar remédios para doenças sem cura (44%). Contudo, 43% dos entrevistados apontam o Governo/Ministério da Saúde como principal responsável pelo desenvolvimento de novos medicamentos, seguido pelas universidades (25%) e pela indústria farmacêutica (20%).
A pesquisa também evidenciou obstáculos para a inovação, como a falta de investimento público (56%) e a ausência de incentivos à pesquisa (43%). Sobre o tempo de desenvolvimento de um medicamento, 61% acreditam que leva entre 5 e 10 anos, enquanto o processo real pode durar de 10 a 15 anos, com custos médios elevados, conforme explica Renato Porto.
A proteção da propriedade intelectual é outro ponto relevante, com 55% dos entrevistados afirmando conhecer o conceito de patente de medicamentos. Porto ressalta que “o direito de comercializar exclusivamente um medicamento por período determinado faz sentido para compensar os recursos empregados e garantir mais investimentos no desenvolvimento de novas moléculas e terapias”.
No que diz respeito ao acesso, o SUS é apontado por 54% como principal via para obter medicamentos inovadores, especialmente entre quem não possui plano de saúde e na região Nordeste. Para vacinas, essa percepção é ainda maior, chegando a 74%. A disponibilidade no SUS ou plano de saúde é o principal motivador para adesão a tratamentos de longa duração para 32% dos entrevistados.
Por fim, o câncer é a doença que mais recebe demanda por investimentos em inovação (67%), seguida por transtornos mentais (46%), doenças infecciosas (36%) e cardiovasculares (36%). Esses dados refletem a tendência global de lançamentos de medicamentos, com destaque para a oncologia, que recebeu investimentos significativos em pesquisa clínica.
Este levantamento, divulgado pela assessoria de imprensa da Interfarma, reforça a importância de priorizar a inovação em saúde para melhorar a qualidade de vida da população brasileira, especialmente das mulheres que buscam tratamentos eficazes e acessíveis.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA