Como as doenças respiratórias no inverno impactam a saúde dos seus olhos
Descubra os cuidados essenciais para proteger a visão durante a estação mais fria do ano
Com a chegada do inverno, as doenças respiratórias se tornam um desafio ainda maior para a saúde pública. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de gripes, resfriados, rinite, sinusite, bronquite e asma chega a triplicar nessa estação. Além dos sintomas comuns, essas doenças também podem afetar diretamente a saúde dos olhos, causando desconfortos e complicações que merecem atenção especial.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, a baixa umidade característica do inverno reduz a lubrificação natural dos olhos e das mucosas das vias respiratórias, que são as primeiras barreiras de defesa do organismo. “Pessoas que permanecem em locais fechados e pouco arejados durante o inverno têm o dobro de chance de contrair conjuntivite viral e alérgica”, alerta o especialista.
O ambiente fechado favorece a multiplicação de vírus e o acúmulo de partículas suspensas no ar, que provocam alergias respiratórias e oculares. A conjuntivite viral, causada por adenovírus, é altamente contagiosa e pode surgir quando a imunidade está baixa devido à gripe ou resfriado. Já a conjuntivite alérgica, embora não seja transmissível, provoca coceira intensa e pode causar danos permanentes se não tratada adequadamente.
Entre os sinais de alerta para problemas oculares no inverno estão a sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira, lacrimejamento e secreções. O oftalmologista destaca que olhos secos indicam deficiência na lágrima, aumentando o risco de conjuntivite. Em alguns casos, as glândulas lacrimais podem ficar obstruídas, causando lacrimejamento excessivo.
Os grupos mais vulneráveis são mulheres na menopausa, crianças e idosos. As mulheres nessa fase apresentam diminuição da produção de estrogênios, o que reduz a lubrificação ocular. Crianças, apesar de terem o sistema imunológico em desenvolvimento, costumam reagir melhor devido à maior atividade metabólica e vacinação constante. Já a conjuntivite alérgica atinge cerca de 60% das pessoas que convivem com outras alergias.
A contaminação viral ocorre com frequência em objetos compartilhados, como teclados, mouses, interruptores de luz, carrinhos de supermercado e balcões de lojas. Para evitar o contágio, é fundamental lavar as mãos regularmente, manter o corpo hidratado e não compartilhar itens pessoais como toalhas, talheres, colírios e maquiagem.
O tratamento da conjuntivite viral inclui compressas frias, lubrificação intensa e colírios anti-inflamatórios, sempre sob orientação médica. O uso de óculos escuros é recomendado para proteger os olhos da radiação ultravioleta e melhorar o conforto. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de corticoides ou até procedimentos como aplicação de laser para remover opacidades na córnea.
Para conjuntivite alérgica leve, colírios anti-histamínicos e lubrificantes são indicados. Em quadros mais severos, o uso de corticoides deve ser acompanhado por um oftalmologista para evitar efeitos colaterais como glaucoma e catarata precoce. Evitar coçar os olhos, ambientes fechados, poeira e contato com animais e plantas também ajuda a prevenir crises.
Para proteger a saúde ocular no inverno, Queiroz Neto recomenda: tomar a vacina anual contra a gripe, lavar as mãos com frequência, praticar exercícios moderados, manter uma alimentação regular, hidratar-se adequadamente (30 ml de água por quilo de peso), evitar aglomerações em locais mal ventilados e dormir bem.
Seguindo essas orientações, é possível atravessar o inverno com os olhos protegidos e a saúde em dia. Cuide-se e fique atenta aos sinais do seu corpo para garantir bem-estar durante toda a estação.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA