Brasil perde posições em ranking global de igualdade de gênero, mas empresas mostram caminhos para avançar
Apesar do recuo no ranking, iniciativas no setor privado apontam para um futuro mais igualitário no país
No Dia Internacional da Igualdade Feminina, celebrado em 26 de agosto, o Brasil enfrenta um cenário preocupante no que diz respeito à igualdade de gênero. Segundo o Global Gender Gap Report 2025, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), o país caiu duas posições no ranking global, ocupando agora o 72º lugar, com apenas 72% de paridade geral entre homens e mulheres. Estes dados foram compartilhados por assessoria de imprensa especializada e revelam um retrocesso em vários indicadores fundamentais.
O relatório mostra que, globalmente, 68,8% da lacuna de gênero já foi fechada, um avanço tímido de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior. No ritmo atual, a igualdade plena só será alcançada daqui a 123 anos. A Islândia lidera pelo 16º ano consecutivo, com 92,6% de paridade. No Brasil, o único pilar em que a igualdade foi atingida é o da educação, com 100% de paridade, superando os 99,6% do ano passado. No entanto, os demais indicadores apresentam estagnação ou retrocesso: saúde e sobrevivência caíram de 98% para 97,7%, participação econômica e oportunidades recuaram de 66,7% para 66,2%, e a presença feminina em cargos de liderança sênior diminuiu de 66,1% para 65%. A equidade salarial está em apenas 53,4%, colocando o país na 118ª posição, e a participação das mulheres na força de trabalho se mantém em 72,6%, ainda abaixo do recorde de 77,2% registrado em 2021.
Apesar desse panorama desafiador, exemplos de empresas brasileiras mostram que é possível avançar na igualdade de gênero. A Bravo, especialista em soluções para as áreas contábil, fiscal e financeira, destaca-se por manter 70% de mulheres em cargos de liderança, praticar equidade salarial por função e incentivar a presença feminina na tecnologia. A empresa aposta na diversidade como vetor de crescimento, utilizando inteligência artificial e automação robótica de processos (RPA) para transformar suas operações. “Aqui, sei que posso crescer com segurança. A liderança valoriza resultados, não gênero. Isso muda tudo para quem sempre teve que provar duas vezes mais”, afirma Regina Calil, vice-presidente da Bravo. O CEO Marcos Gimenez reforça que “não basta formar mulheres em tecnologia, é preciso abrir espaço para que elas possam atuar, crescer e liderar dentro dessas áreas”.
O relatório do WEF também destaca que países que mais avançaram na equidade de gênero, como Islândia, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia, investiram fortemente na inclusão feminina nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), além de adotar políticas afirmativas, metas de paridade e ações de combate à violência de gênero. No Brasil, a atuação do setor privado, especialmente em setores tecnológicos, pode ser um agente transformador.
A proximidade do Dia da Igualdade Feminina deve ser um momento de reflexão e ação. O Brasil precisa de compromisso político, ações do setor privado e mudanças culturais profundas para reverter a tendência de retrocesso. Medidas como cotas parlamentares, financiamento de campanhas femininas, creches públicas, incentivos à contratação e combate à violência são essenciais para que a igualdade de gênero deixe de ser apenas uma promessa e se torne uma realidade concreta. Afinal, a equidade é fundamental para a construção de um país mais justo, eficiente e moderno.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA