Assalto impulsiona atleta a dominar o Sanda e conquistar títulos nacionais
Gizele Gavazzi transforma medo em força e se torna referência no Kung Fu brasileiro
Gizele Gavazzi, de 28 anos, é uma das maiores referências do Sanda, uma variante do Kung Fu, no Brasil. Sua trajetória no esporte começou de forma inesperada e motivada por um episódio traumático: um assalto enquanto esperava o ônibus durante a faculdade. “Conclui depois desse episódio que precisava fazer alguma luta, saber me defender de algum ataque”, relembra a atleta.
Antes de se dedicar ao Sanda, Gizele experimentou aulas de balé, atendendo ao desejo da mãe, e também treinou Muay Thai e Kung Fu tradicional. Porém, foi em 2018, ao conhecer o Sanda, que encontrou sua verdadeira paixão e o caminho para competir em alto nível. Natural de Vinhedo, ela viajava regularmente para Campinas para treinar, mostrando dedicação e disciplina que logo foram recompensadas.
No seu primeiro ano como atleta de Sanda, Gizele conquistou o título brasileiro na categoria até 65kg, feito que repetiu nos seis anos seguintes, consolidando-se como hegemônica em território nacional. Além disso, possui o bicampeonato paulista (2024 e 2025) e lidera o ranking da Liga Nacional de Kung Fu em sua categoria. “A luta mudou minha vida. Antes de começar a treinar, não tinha uma profissão definida. Para mim, a luta não é um estilo de vida, é uma identidade”, afirma.
Desde 2022, Gizele é bolsista do Programa Talento Esportivo, uma iniciativa da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo que oferece suporte financeiro para atletas. “A bolsa é um facilitador, ajuda a manter a frequência de treinos. Com ela, não preciso ficar em dúvida entre pagar a inscrição de um campeonato e gastar com alguma outra coisa”, destaca.
Apesar do apoio dos pais, eles não costumam assistir às suas competições. “Eles não gostam de me ver trocando porrada, mas sempre que ganho uma medalha meu pai a pendura na parede da cozinha de casa para que todo mundo veja”, conta Gizele, mostrando o carinho e orgulho familiar.
Com foco no Campeonato Brasileiro de Kung Fu, que acontece em outubro, Gizele buscará seu oitavo título consecutivo. Em fevereiro do próximo ano, a atleta planeja competir no Chile, encerrando um hiato de sete anos sem lutar no exterior. Sua história é um exemplo de como o esporte pode transformar vidas, oferecendo não só defesa pessoal, mas também identidade e propósito.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA