Negócios antirracistas impulsionam empreendedorismo inclusivo no Norte e Nordeste

Microempreendedoras mostram como combater o racismo estrutural por meio de negócios com propósito social

Negócios antirracistas têm se destacado como caminhos para um empreendedorismo mais inclusivo e inovador nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Segundo dados do Sebrae, mais da metade dos micro e pequenos empreendedores brasileiros se declaram pretos ou pardos, chegando a quase 80% no Norte e pouco mais de 72% no Nordeste. Apesar dessa expressiva presença, esses empreendedores enfrentam barreiras significativas no acesso a crédito, formação técnica e visibilidade.

Com base em informações da assessoria de imprensa do Projeto Negócio Raiz, da Aliança Empreendedora, iniciativas antirracistas têm sido fundamentais para fortalecer negócios que carregam propósito social e responsabilidade, especialmente entre mulheres negras. O projeto, que já beneficiou mais de 1.800 microempreendedores, oferece suporte técnico, emocional e estratégico para ampliar o impacto dessas iniciativas.

Taís Cardoso, fundadora da Traços Marcantes, exemplifica essa transformação. Seu negócio promove empoderamento e autoestima entre crianças negras e indígenas por meio da moda e experiências educativas. Ela destaca que participar do Projeto Negócio Raiz ajudou a estruturar melhor seu negócio e construir uma narrativa mais sólida. Taís também aponta que a superação do racismo estrutural no empreendedorismo passa por estar inserida em comunidades negras e participar de acelerações específicas, que oferecem capital semente e networking.

Outro exemplo é Erika Maia, empreendedora branca da Ahimsa Produtos da Natureza, que escolheu alinhar seu negócio com respeito à diversidade e justiça social. Ela valoriza saberes ancestrais e prioriza uma cadeia produtiva limpa e justa. Para Erika, reconhecer as desigualdades raciais é essencial, e seu papel como empreendedora branca é apoiar redes negras sem ocupar seus espaços, seja como consumidora, parceira ou aliada.

O Brasil vive hoje sua maior taxa de empreendedorismo dos últimos anos, com 33,4% da população adulta envolvida em algum tipo de negócio, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2024. No entanto, o desafio é garantir que o crescimento seja acompanhado pela inclusão racial e social, especialmente para jovens negros e periféricos.

Mariana Nunes, do Comitê de Diversidade da Aliança Empreendedora, reforça que apoiar negócios antirracistas é contribuir para uma economia mais justa, valorizando saberes e identidades. “Promover inclusão racial no empreendedorismo é uma forma potente de transformar realidades e gerar oportunidades nas comunidades mais afetadas pelas desigualdades”, afirma.

O Projeto Negócio Raiz, apoiado pela Youth Business International e financiado pela Standard Chartered Foundation, é um exemplo de como o empreendedorismo pode ser uma ferramenta de transformação social, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, promovendo negócios que unem propósito, inovação e impacto social.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Projeto Negócio Raiz, da Aliança Empreendedora.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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