Coifa ou Depurador: Qual a Melhor Escolha para Sua Cozinha Integrada?

Entenda as diferenças, vantagens e como dimensionar corretamente esses equipamentos essenciais para manter sua cozinha livre de odores e gordura.

Na montagem das cozinhas, coifas e depuradores não são secundários: muito pelo contrário, são essenciais para manter a limpeza do ambiente — nada de gordura pelas paredes e o odor daquilo que está sendo preparado pelos outros ambientes — ainda mais em plantas integradas.

Existem diferenças de funções entre os dois eletrodomésticos, bem como especificidades para a escolha tanto de um, como de outro.

A importância das coifas e depuradores nos projetos residenciais é crescente, especialmente em cozinhas abertas, onde ninguém quer que gordura e odores se espalhem para os outros cômodos. Cozinhar é uma delícia, mas ninguém quer sair com o cheiro do prato preparado ou se deparar com o odor e gordura pela casa. Assim, a presença de uma coifa ou depurador é uma condição que não dá para eliminar do projeto.

O equipamento deve ser considerado desde o início do projeto. Com o avanço dos layouts integrados, em que a cozinha se comunica com salas de estar, jantar e varanda, mais do que nunca a ventilação precisa estar presente no ambiente, especialmente quando o cooktop ocupa uma posição central na ilha ou na península.

Diferente do depurador, que apenas filtra e recircula o ar, a coifa atua de forma mais eficiente ao captar os vapores, gordura e odores gerados na cocção e os expulsam para o lado de fora do ambiente. Por isso, é frequentemente a primeira escolha em projetos de alto desempenho, onde o preparo dos alimentos é mais frequente e o layout da cozinha exige um controle maior.

Ela também tem o poder de ser um ponto focal na composição da cozinha. Com diversos modelos, a decisão deve considerar o estilo do projeto, mas principalmente o volume de ar que é capaz de extrair, de acordo com o tamanho do ambiente e a frequência de uso.

Tipos de coifas:
– De parede: modelo mais popular, indicado para cozinhas com layout mais convencional;
– Coifa de ilha: fixada no teto, com desenho escultural que ajuda a equilibrar a proporção visual do espaço aberto, podendo ser um elemento de destaque na cozinha integrada;
– De teto ou embutida: solução discreta e elegante para projetos mais clean, embutida no forro de gesso ou em rebaixo planejado, exigindo alinhamento com o pé-direito para funcionamento eficaz;
– De bancada: sofisticada, com versões embutidas e tecnológicas que se erguem na própria bancada, alternativa interessante quando não é possível instalar equipamentos no teto;
– Coifa de canto: adapta-se bem em áreas gourmet e resolve projetos de cozinhas menores com layout irregular.

E quando o depurador é a melhor saída?
Apesar de não ter a mesma eficiência de uma coifa, o depurador tem sua valia quando o projeto não permite a abertura de um duto para o exterior — situação comum em apartamentos antigos ou reformas com restrições estruturais. O eletrodoméstico conta com filtros metálicos e de carvão ativado que retêm partículas de gordura e minimizam os odores, devolvendo o ar tratado ao ambiente.

É uma solução que exige clareza do morador sobre seus hábitos. Em apartamentos compactos, depuradores discretos atendem bem, desde que a demanda não seja intensa. Mas o mais importante é que a ventilação nunca seja negligenciada, independentemente do sistema escolhido.

Como dimensionar e instalar uma coifa corretamente
Para garantir o desempenho de uma coifa, o primeiro passo é verificar sua vazão, ou seja, a capacidade de renovação do ar no ambiente. A conta básica consiste em multiplicar a largura, o comprimento e a altura da cozinha por 12, resultando na vazão mínima ideal em m³/h.

Por exemplo: imagine uma cozinha com 4 m de largura, 3 m de comprimento e 2,6 m de pé-direito. Temos uma área de 31,2 m³, que multiplicado por 12 resulta em 374,4. Nesse caso, recomenda-se uma coifa com vazão mínima de 375 m³/h. Se o ambiente for integrado à sala ou houver preparo frequente de alimentos, é indicado optar por modelos com capacidade ainda maior, entre 500 e 700 m³/h.

Além do desempenho, a instalação merece atenção desde o início do projeto, pois o elemento pode exigir estrutura no forro para fixação e passagem dos dutos, enquanto outros podem demandar pontos elétricos bem localizados e espaço entre os armários. O trajeto do duto interfere diretamente na eficiência: quanto mais curto e direto até a saída externa, melhor será o funcionamento do equipamento.

Sobre a largura da coifa, esta deve ser igual ou maior do que a do fogão ou cooktop e instalada a uma distância segura do fogo, geralmente entre 65 cm e 75 cm, dependendo das orientações do fabricante.

Em resumo, a escolha entre coifa e depurador deve considerar o layout da cozinha, a frequência de uso, a infraestrutura disponível e o estilo do projeto. A ventilação adequada é fundamental para garantir ambientes limpos, livres de gordura e odores, especialmente em cozinhas integradas que se conectam com os demais espaços da casa.

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Por Glaucia Ferreira

Artigo de opinião

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