Apneia do sono: entenda os riscos e tratamentos que melhoram a qualidade de vida
Distúrbio respiratório afeta milhões e pode causar sérios problemas de saúde; saiba como identificar e tratar
A apneia do sono é um distúrbio respiratório grave que afeta cerca de um terço da população adulta no Brasil, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Caracterizada pela interrupção repetida da respiração durante o sono, essa condição pode provocar desde fadiga e sonolência diurna até complicações cardíacas e metabólicas, impactando diretamente a qualidade de vida das pessoas.
De acordo com a pneumologista Fernanda Miranda, que atua no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, a apneia do sono pode desencadear uma série de problemas de saúde. “Fadiga e sonolência diurna, problemas cardiovasculares como hipertensão arterial, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias cardíacas. Pode provocar diabetes tipo 2, ganho de peso, problemas cognitivos e de humor, dificuldades de concentração, perda de memória, irritabilidade, ansiedade e depressão são comuns. Pode afetar a qualidade de vida e os relacionamentos. Além de disfunção sexual e complicações durante cirurgias, pois pessoas com apneia podem ter maior risco em procedimentos com anestesia, devido à dificuldade de manter as vias aéreas abertas”.
O diagnóstico da apneia do sono é feito por meio da polissonografia, exame que avalia o grau de gravidade e orienta o tratamento adequado. Em alguns casos, a condição pode ser curada, como em crianças com amígdalas aumentadas que passam por cirurgia ou em pacientes obesos que perdem peso significativamente. No entanto, para a maioria, a apneia é uma condição crônica que requer tratamento contínuo para evitar complicações.
O tratamento varia conforme a gravidade e pode incluir mudanças no estilo de vida, uso de aparelhos e cirurgias. “Em casos leves a moderados, a perda de peso, evitar álcool e sedativos, parar de fumar e dormir de lado já ajudam. Há também aparelhos intraorais (placas ou próteses), que são dispositivos que empurram a mandíbula levemente para frente, facilitando a passagem do ar. Para os outros tipos temos o CPAP, que é um aparelho com máscara que sopra ar continuamente no nariz ou boca para manter as vias aéreas abertas, cirurgias para casos selecionados, e estimulação do nervo hipoglosso, que é um implante de um dispositivo que estimula os músculos da língua para não colapsar durante o sono”, explica a médica.
O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) é considerado o tratamento padrão-ouro para apneia moderada a grave. Ele mantém as vias aéreas abertas com uma leve pressão de ar contínua, permitindo a respiração normal durante o sono. A fisioterapeuta Lorena Arruda de Oliveira, sócia da Mais Saúde em Goiânia, destaca que o aparelho deve ser usado de forma contínua e que a duração do tratamento varia conforme o paciente. “O tratamento da apnéia através do CPAP pode ser curto, em torno de 60 dias, para casos onde houver a perda de peso brusca melhorando a passagem do ar devido a redução do acúmulo de gordura em via aérea alta, como é o caso dos pacientes bariátricos. Mas, em sua maioria, os pacientes que são diagnosticados com apneia do sono, devem seguir o tratamento de forma regular, rotineira e contínua”.
Além do CPAP, existe o BIPAP, indicado para casos muito graves, que oferece dois níveis de pressão para facilitar ainda mais a respiração. A Mais Saúde, localizada no Shopping Órion, oferece equipamentos que vão desde a detecção da apneia, como polissonígrafos, até aparelhos para tratamento, garantindo suporte completo para quem enfrenta esse distúrbio.
A apneia do sono é um problema sério que merece atenção. Identificar os sintomas e buscar ajuda médica pode evitar complicações graves e melhorar significativamente a qualidade de vida. Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



