Amamentação sem culpa: desvendando mitos e fortalecendo a rede de apoio às mães
Entenda por que amamentar é um aprendizado e como o suporte familiar faz toda a diferença
Amamentar é um ato natural, mas nem sempre instintivo ou simples. Dados recentes do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) revelam que apenas 45,8% dos bebês brasileiros menores de seis meses recebem aleitamento materno exclusivo, abaixo da meta recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário evidencia a necessidade de um olhar mais acolhedor e realista sobre o processo de amamentação, que pode ser desafiador para muitas mulheres.
Segundo a ginecologista e obstetra dra. Marina Gonzales, da Clínica Célula Mater, “amamentar é algo que se aprende, não é instintivo. A produção de leite varia de mãe para mãe, assim como a resposta do bebê. E nem sempre é prazeroso desde o início.” Essa visão reforça que cada experiência é única e que a pressão por um desempenho perfeito pode gerar sentimentos de culpa e frustração.
Além disso, a enfermeira obstetra e consultora internacional em lactação, Aline Alvares, destaca a importância da rede de apoio: “Esse pode ser um momento muito solitário para muitas mulheres. Por isso, a família precisa estar envolvida, participando ativamente da rotina, seja colocando o bebê para arrotar, trocando fraldas ou acolhendo a mãe.” O suporte familiar é fundamental para aliviar o estresse e fortalecer a confiança da mãe nesse período.
Mitos comuns ainda atrapalham a amamentação. Entre eles, a crença no “leite fraco” — que não existe, pois o leite materno é perfeitamente adequado para cada bebê — e a ideia de que amamentar é instintivo, quando na verdade é um aprendizado para mãe e filho. Também é importante desmistificar que alimentos específicos aumentam a produção de leite ou que o tamanho das mamas interfere na quantidade produzida. O contato frequente com o bebê e a hidratação adequada são os verdadeiros aliados.
Outra dúvida frequente é sobre a forma de alimentar o bebê: sucção direta, uso de bomba ou mamadeira. Dra. Marina reforça que “não há uma regra” e que o importante é que cada família encontre a dinâmica que funcione melhor, sem culpa. Aline complementa que a diminuição da produção de leite pela ausência da sucção não significa o fim da amamentação, mas sim a necessidade de respeitar os limites da mãe e buscar alternativas.
Por fim, a orientação precoce, inclusive durante o pré-natal, pode preparar melhor as mulheres para essa fase, especialmente aquelas com necessidades específicas, como quem passou por cirurgia de redução de mama. “Se criarmos muitas regras e idealizações, arriscamos perder uma amamentação que poderia ter sido longa. É uma fase desafiadora, em que a mulher já se cobra demais. Por isso, nosso papel é ajudar, não pressionar”, conclui dra. Marina.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Clínica Célula Mater e especialistas da área, reforçando a importância de uma abordagem acolhedora e realista sobre a amamentação.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA