SUS oferece implante subdérmico: contraceptivo eficaz e de longa duração gratuito
Novo método contraceptivo disponível no SUS promete alta eficácia e praticidade para o planejamento familiar
A partir do segundo semestre de 2025, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer gratuitamente um novo método contraceptivo de longa duração: o implante subdérmico. Segundo informações da assessoria de imprensa da Afya Centro Universitário de Pato Branco, a novidade representa um avanço significativo para a saúde reprodutiva e o planejamento familiar no Brasil.
O implante subdérmico é um pequeno bastonete flexível, com cerca de 4 cm, inserido sob a pele do braço. Ele libera continuamente o hormônio sintético etonogestrel, derivado da progesterona, que atua impedindo a ovulação, alterando o muco cervical e tornando o endométrio menos favorável à implantação do óvulo. Dessa forma, oferece uma proteção contraceptiva eficaz por até três anos.
De acordo com a Dra. Nataly Campos, médica Obstetra e Ginecologista da Afya Centro Universitário, o implante tem uma taxa de falha estimada em apenas 0,05%, sendo considerado um dos métodos mais eficientes disponíveis atualmente, inclusive mais eficaz que a laqueadura. Além disso, o método não exige o uso diário ou mensal, como as pílulas e injeções, e é reversível: após a retirada, a fertilidade retorna normalmente.
A incorporação do implante pelo SUS tem como objetivo ampliar o acesso a métodos contraceptivos eficazes, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade. A Dra. Nataly destaca que a oferta gratuita pode contribuir para a redução da gravidez na adolescência, gestações não planejadas e índices elevados de cesárea, fatores que impactam diretamente na mortalidade materna no país. A meta é diminuir em 25% os óbitos maternos, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Qualquer mulher com indicação clínica para o uso do implante pode solicitá-lo nas Unidades Básicas de Saúde, com priorização baseada em critérios como idade, histórico reprodutivo e comorbidades, conforme políticas locais. A aplicação é simples, realizada com anestesia local em ambiente ambulatorial por profissionais capacitados da Atenção Primária.
Quanto aos efeitos colaterais, podem ocorrer alterações no ciclo menstrual, como sangramentos irregulares ou ausência da menstruação, além de sensibilidade ou dor no local da inserção. Alterações de humor ou libido são menos comuns. A consulta médica individualizada é fundamental para orientar e acompanhar cada caso, avaliando indicações e contraindicações.
Se a mulher desejar engravidar, a fertilidade retorna rapidamente após a remoção do implante, que pode ser retirada ou substituída em consulta no SUS. O método não substitui os demais contraceptivos já oferecidos pelo sistema, como preservativos, pílulas, injetáveis, DIU de cobre, laqueadura e vasectomia, mas amplia as opções disponíveis, especialmente entre os métodos reversíveis de longa duração (LARC).
Essa novidade reforça o compromisso do SUS em promover saúde e autonomia para as mulheres brasileiras, oferecendo alternativas modernas, seguras e acessíveis para o controle da fertilidade.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA