Poluição do ar eleva casos de câncer de pulmão em não fumantes no Brasil

Entenda como a poluição ambiental contribui para o aumento do câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram

Dados recentes da assessoria de imprensa do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) revelam um aumento preocupante nos casos de câncer de pulmão entre pessoas que nunca fumaram, um fenômeno atribuído principalmente à poluição ambiental. Embora o tabagismo continue sendo o principal fator de risco para a doença, a poluição do ar surge como um agente significativo, especialmente para os não fumantes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão. No entanto, estudos recentes indicam que cerca de 25% dos diagnósticos globais da doença ocorrem em pessoas que nunca tiveram contato com o tabaco. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, em 2025, aproximadamente 32 mil pessoas receberão o diagnóstico de câncer de pulmão, sendo que cerca de 8 mil delas nunca fumaram.

O oncologista clínico Vladmir Cordeiro de Lima, presidente do GBOT, destaca que “o câncer de pulmão em quem nunca fumou é, biologicamente, bastante diferente do câncer de pulmão causado pelo tabagismo”. Entre os fatores de risco para esses casos estão a exposição contínua à poluição do ar, doenças pulmonares prévias e histórico familiar da doença.

Um estudo publicado em julho de 2025 na revista Nature analisou o genoma de tumores em 871 pacientes nunca fumantes e encontrou forte ligação entre a poluição do ar, especialmente partículas finas PM₂.₅, e mutações genéticas associadas ao desenvolvimento do câncer. “A poluição interfere na capacidade das células de reparar danos que podem levar ao desenvolvimento do câncer de pulmão”, explica Vladmir Lima.

Além disso, pesquisa da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), da OMS, aponta que 195 mil casos anuais de câncer de pulmão no mundo são atribuíveis à poluição do ar por material particulado. A exposição a emissões de veículos, processos industriais e usinas de energia são fatores que elevam o risco da doença.

Os sintomas do câncer de pulmão podem ser confundidos com doenças respiratórias comuns, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os sinais mais frequentes estão tosse persistente, dor no peito, falta de ar, rouquidão e perda de peso. É fundamental que, ao perceber esses sintomas, mesmo não sendo fumante, a pessoa procure avaliação médica.

O GBOT reforça a importância de políticas públicas que reduzam a poluição do ar e promovam o uso de energias limpas para diminuir os riscos associados ao câncer de pulmão em não fumantes. A conscientização sobre os fatores ambientais é essencial para a prevenção e o combate a essa doença que, anualmente, causa cerca de 1,8 milhão de mortes no mundo.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações oficiais do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica e estudos científicos recentes, ressaltando a necessidade de atenção à saúde respiratória e à qualidade do ar para a população em geral.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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