Mulheres Negras no Trabalho: Desafios e Desigualdades Revelados por Dados Recentes
Estudo da Diversitera expõe disparidades salariais e preconceitos enfrentados por mulheres pretas e pardas no mercado formal
Um levantamento recente da Diversitera, startup especializada em diversidade e inclusão, trouxe à tona dados importantes sobre a realidade das mulheres negras no mercado de trabalho formal brasileiro. O estudo, que analisou mais de 128 mil respondentes de 55 empresas em 17 setores diferentes, revelou que mulheres pretas e pardas representam cerca de 25% da força de trabalho formal, mas enfrentam grandes desafios para garantir condições dignas e igualitárias.
Segundo o levantamento, a renda média das pessoas negras é 43% inferior à das pessoas brancas. Quando o recorte é feito especificamente para mulheres pretas, essa diferença salta para 63% em relação às mulheres brancas, evidenciando uma profunda desigualdade salarial. “Observar renda e remuneração é um ótimo caminho para compreender o que é o racismo estrutural e como ele opera no Brasil”, explica Tamiris Hilário, especialista em questões étnico-raciais da Diversitera. Ela ressalta que o impacto histórico do colonialismo e escravismo ainda reverbera nas condições econômicas atuais.
Além da disparidade financeira, o ambiente de trabalho é apontado como um espaço hostil para mulheres negras. O estudo mostra que 25% das mulheres pretas e 21% das mulheres pardas já sofreram microagressões no dia a dia, como piadas, apelidos ou comentários inapropriados. Já em relação a preconceitos explícitos, 17% das mulheres pretas e 11% das pardas afirmam ter testemunhado ou sofrido essas situações. Esses números refletem uma cultura organizacional que ainda precisa avançar muito para garantir respeito e inclusão.
A importância do 25 de julho, Dia Nacional de Tereza de Benguela e das Mulheres Negras, é destacada como um momento crucial para reforçar a luta por trabalho digno e igualdade. Tamiris reforça que “é estratégico e ético acionarmos um olhar mais alargado sobre a realidade social do nosso país”, defendendo a continuidade e ampliação de políticas afirmativas que promovam mobilidade social e condições dignas para o maior grupo populacional do Brasil: mulheres negras.
A Diversitera, por meio de sua plataforma Diversitrack, oferece ferramentas para que organizações possam diagnosticar e agir sobre essas desigualdades, promovendo ambientes mais justos e inclusivos. Este estudo reforça a necessidade urgente de ações concretas para transformar o mercado de trabalho em um espaço verdadeiramente equitativo para todas as mulheres.
Os dados apresentados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da Diversitera.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA