SUS libera nova terapia para controlar excesso de potássio em pacientes com doença renal

Ciclossilicato de zircônio sódico é incorporado para tratar hiperpotassemia em estágio avançado da doença renal crônica

O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de incorporar uma nova terapia para o controle da hiperpotassemia — condição caracterizada pelo excesso de potássio no sangue — em pacientes com doença renal crônica (DRC) nos estágios 4 e 5 que ainda não realizam diálise. A novidade é o ciclossilicato de zircônio sódico, medicamento da AstraZeneca, aprovado por unanimidade pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). A decisão foi oficializada pela portaria nº 26/2025, publicada no Diário Oficial da União.

Dados indicam que até 50% dos pacientes com DRC avançada apresentam hiperpotassemia, uma condição que pode levar a arritmias cardíacas e risco de morte súbita. Isso acontece porque a excreção renal, principal via para eliminar o potássio, fica comprometida conforme a função dos rins diminui. O controle adequado dos níveis de potássio é essencial para evitar complicações graves e permitir a continuidade de tratamentos nefroprotetores, como os inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (iSRAA), que retardam a progressão da doença e adiam a necessidade de diálise.

A diretora executiva de assuntos corporativos da AstraZeneca Brasil, Marília Gusmão, destaca que a incorporação da nova terapia foi baseada em evidências clínicas robustas e análise de custo-efetividade, ressaltando o compromisso com a sustentabilidade do cuidado renal no SUS. Já a Dra. Andrea C. Bauer, chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, enfatiza que “essa conquista representa um avanço significativo para os pacientes do SUS com DRC”, pois o controle da hiperpotassemia reduz hospitalizações e mortalidade.

Apesar da aprovação, o acesso à terapia dependerá da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), documento que orienta gestores e profissionais de saúde sobre o uso da nova tecnologia. A agilidade na publicação do PCDT é fundamental para que os pacientes possam se beneficiar o quanto antes, já que o tempo é um fator crítico para quem enfrenta os riscos da hiperpotassemia.

Além dos benefícios clínicos, a nova terapia também contribui para a sustentabilidade ambiental. O avanço da doença renal crônica e a necessidade de terapia dialítica geram um alto impacto ambiental, com consumo de água que pode chegar a volumes equivalentes ao abastecimento anual de 370 mil residências brasileiras até 2032.

A incorporação do ciclossilicato de zircônio sódico ao SUS representa um importante passo na ampliação do arsenal terapêutico para o cuidado renal, alinhando-se à medicina baseada em evidências e promovendo melhor qualidade de vida para os pacientes.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 57 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar