Cirurgia de catarata: como adiar pode desequilibrar seu metabolismo e saúde

Entenda a relação entre a cirurgia de catarata, a produção de melatonina e os riscos da síndrome metabólica

A catarata é a doença ocular que mais cresce no Brasil e no mundo, principalmente associada ao envelhecimento. Caracterizada pela opacificação do cristalino, ela prejudica a visão e pode impactar muito a qualidade de vida, especialmente após os 60 anos. Segundo dados da assessoria de imprensa do Instituto Penido Burnier, adiar a cirurgia de catarata pode trazer consequências além da visão, afetando o metabolismo e aumentando o risco de doenças graves como infarto e AVC.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto explica que a síndrome metabólica, condição silenciosa e sem sintomas óbvios, pode ser desencadeada pela queda na produção de melatonina, hormônio fundamental para o ciclo do sono e o equilíbrio biológico. A síndrome é caracterizada por pelo menos três alterações entre hipertensão arterial, acúmulo de gordura abdominal, triglicerídeos elevados, glicemia alta ou diabetes, e colesterol HDL baixo.

Uma pesquisa publicada no JAMA Ophthalmology, realizada por pesquisadores da Nara Medical School of Medicine, no Japão, acompanhou 169 pacientes com catarata, com idade média de 75 anos, durante três meses após a cirurgia. O estudo revelou que a concentração de melatonina na urina aumentou significativamente no grupo operado, em comparação com o grupo controle. Isso ocorre porque a cirurgia permite maior entrada de luz nos olhos, estimulando a produção da melatonina, que é essencial para regular o ciclo circadiano.

Queiroz Neto destaca que a melatonina é produzida a partir da exposição à luz azul durante o dia, que ativa células na retina para liberar melanopsina. A falta desse hormônio, comum em quem tem catarata, provoca distúrbios do sono e pode levar a um desequilíbrio hormonal que afeta cortisol, adrenalina e insulina. Esses hormônios regulam o estresse, a pressão arterial e o metabolismo da glicose, e sua desregulação pode desencadear a síndrome metabólica.

Além disso, o excesso de cortisol pode causar ganho de peso, colesterol alto e agravar doenças oculares como a degeneração macular, principal causa de perda irreversível da visão. A elevação da glicemia, por sua vez, pode levar ao diabetes e à retinopatia diabética, que, se não tratada precocemente, compromete a visão. A adrenalina em excesso aumenta a pressão arterial e o risco de AVC.

A cirurgia de catarata é um procedimento simples, indolor e com rápida recuperação, realizado com anestesia local e em etapas, um olho de cada vez. Após a cirurgia, muitos pacientes relatam melhora no sono e no estado emocional, além de perceberem as cores mais vibrantes. O especialista reforça a importância do acompanhamento oftalmológico regular, especialmente para diabéticos, e alerta que prevenir é sempre melhor do que remediar.

Portanto, adiar a cirurgia de catarata não só prejudica a visão, mas pode desencadear um efeito cascata que desequilibra o metabolismo e aumenta o risco de doenças graves. Cuidar da saúde ocular é cuidar da saúde integral do corpo.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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