Agosto Lilás reforça combate à violência contra a mulher com campanha que nomeia todas as formas de agressão
Feminicídios recentes evidenciam a urgência de ações estruturantes e conscientização ampliada no Brasil e América Latina
Dados recentes e episódios chocantes de violência contra a mulher no Brasil reforçam a necessidade urgente de ações estruturantes e maior visibilidade para o tema. Em 2025, o Instituto Natura, em parceria com a Avon, dá continuidade à campanha do Agosto Lilás com o mote “Sim, é violência. Chame pelo nome”, que busca ampliar o reconhecimento social das diversas formas de agressão sofridas pelas mulheres, incluindo a física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.
Segundo informações da assessoria de imprensa do Instituto Natura, casos recentes como o feminicídio de Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos e grávida, em Itaueira (PI), e o assassinato de Vanessa Ricarte, de 42 anos, em Campo Grande (MS), evidenciam a gravidade do problema. Vanessa havia registrado boletim de ocorrência e solicitado medida protetiva, mas mesmo assim foi vítima fatal. Outro episódio alarmante ocorreu em Natal (RN), onde uma mulher sofreu uma tentativa de feminicídio após ser agredida com mais de 60 socos.
Esses casos são parte de um cenário preocupante: em 2024, foram registrados mais de 250 mil casos de violência doméstica no país, com 1.492 feminicídios, o maior número desde a criação da tipificação penal. Estima-se que mais de 21 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de violência no último ano, muitas sem conseguir identificar ou denunciar o abuso, especialmente quando ocorre em ambientes domésticos ou afetivos.
Beatriz Accioly, Líder de Políticas Públicas pelo Fim da Violência Contra as Mulheres do Instituto Natura, destaca que “informação é a primeira etapa do acolhimento e do apoio. Nomear é reconhecer. Um dos modos mais eficazes de violar direitos é justamente impedir que as pessoas saibam que os têm.” A campanha, desenvolvida pela agência Repense, propõe um conceito que funciona em toda a América Latina, dividida em duas etapas: a escuta e o reconhecimento da violência, seguidas pela ação para que mulheres conheçam seus direitos e a sociedade compreenda seu papel no acolhimento.
Aline Leucz, diretora de Criação da Repense, reforça que o objetivo é “ajudar a sociedade a identificar e nomear a violência, porque reconhecê-la é o primeiro passo para romper o ciclo.” A campanha inclui um vídeo-manifesto que evidencia as violências invisíveis, como as disfarçadas de amor, ciúme ou brincadeira, e será veiculada nas redes sociais do Instituto Natura e da Avon durante todo o mês de agosto.
Além da conscientização, a campanha reforça canais de apoio, como o canal Angela, que oferece suporte a mulheres em situação de violência doméstica pelo número (11) 94494-2415. O Instituto Natura também disponibiliza um hub informativo com todas as ações da campanha em www.institutonatura.org/agostolilas.
O Agosto Lilás foi instituído em 2022 como mês de proteção à mulher e conscientização pelo fim da violência contra a mulher, em homenagem à Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, que reconhece oficialmente cinco formas de violência contra a mulher. Em 7 de agosto de 2025, a Avon fará uma ação simbólica inédita ao mudar a cor do seu logo para lilás, reforçando seu compromisso com a causa.
A mobilização coletiva e a informação clara são fundamentais para transformar essa realidade e garantir que todas as mulheres possam viver com segurança e dignidade. A campanha “Sim, é violência. Chame pelo nome” é um convite para que toda a sociedade reconheça e atue contra as múltiplas faces da violência de gênero.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA