Cinco passos essenciais para expandir uma empresa brasileira com sucesso nos EUA

Entenda os principais desafios e estratégias para conquistar o mercado americano além da simples abertura de uma LLC

Expandir uma empresa brasileira para os Estados Unidos exige muito mais do que ambição e desejo de crescimento. O maior erro que observamos é o empresário acreditar que abrir uma LLC resolve tudo. Mas não existe sucesso sem planejamento tributário, estudo de mercado, entendimento das regras locais e adaptação ao perfil do consumidor americano.

Entre as falhas mais recorrentes estão a ausência de diagnóstico prévio, despreparo cultural, subestimação do compliance regulatório e escolha equivocada do local para a operação. Cerca de 70% das empresas brasileiras que fracassam nos EUA não realizaram validações de produto com o público local e iniciaram suas atividades sem uma estrutura jurídica e societária sólida.

Com base em casos reais, recomendo cinco passos fundamentais para uma expansão segura:

1. Validar o produto ou serviço localmente. É preciso testar a proposta de valor com consumidores americanos, considerando ajustes de embalagem, comunicação, funcionalidades e precificação.

2. Escolher o estado ideal para operar. A seleção deve considerar incentivos fiscais, proximidade de hubs logísticos, custos operacionais e legislação específica. A diversidade entre os estados americanos pode impactar diretamente a viabilidade da operação.

3. Definir corretamente a estrutura societária e tributária. É necessário cumprir exigências do IRS (Internal Revenue Service) e entender os impactos da tributação federal e estadual.

4. Planejar registros e compliance. Setores como alimentos, saúde, educação e serviços financeiros têm regulamentações próprias. A ausência de registros pode inviabilizar a operação.

5. Adaptar marca e cultura empresarial. Traduzir literalmente o modelo brasileiro para o mercado americano é um erro comum. A adaptação cultural é um ponto crítico. O que engaja no Brasil pode ser irrelevante nos EUA.

Além disso, a presença física de parceiros contábeis, jurídicos e operacionais no local é fundamental para auxiliar nas etapas iniciais. Contar com apoio técnico reduz erros e aumenta a velocidade de adaptação.

Dados recentes indicam que o Brasil foi o 12º maior investidor direto nos Estados Unidos em 2024, com aportes superiores a US$ 20 bilhões. A maior parte dos investimentos foi feita por empresas de médio porte e startups, o que reforça a necessidade de planejamento, especialmente quando os recursos são limitados.

Portanto, abrir uma empresa nos EUA é apenas o começo. O sucesso depende de um planejamento detalhado, validação local e adaptação cultural para garantir que o negócio prospere no competitivo mercado americano.

A

Por Alfredo Ignacio Trindade Netto

Economista, Administrador de Empresas, CEO da Ecco Planet Consulting, Agente de Real Estate – REALTOR licenciado pelo estado da Flórida, com 25 anos de carreira e mais de 20 anos de experiência em internacionalização de negócios e investimentos nos EUA.

Artigo de opinião

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