Agosto Dourado: a realidade da amamentação entre dor, julgamentos e amor
A experiência única de uma mãe que enfrentou mastite, falta de apoio e superou desafios para amamentar seus três filhos
Agosto é conhecido como Agosto Dourado, mês dedicado ao incentivo à amamentação, um período que destaca a importância do aleitamento materno para a saúde dos bebês e mães. Segundo dados do Ministério da Saúde, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis. No entanto, menos de 40% dos bebês brasileiros recebem exclusivamente leite materno nesse período, e um dos principais motivos apontados pelas mães é a dor, a exaustão e a falta de apoio técnico e emocional.
A história de Paula Machado, mãe de três filhos e diretora da Papapá, maior marca de papinhas do Brasil, ilustra bem essa realidade. Ela compartilha sua trajetória com amamentação, marcada por experiências muito distintas com cada filho e desafios que vão além do físico. “Com o Bernardo, meu primeiro, foi mágico. Fiquei impressionada como o bebê nasce sabendo mamar. Tivemos uma conexão imediata”, relembra Paula. Porém, logo enfrentou uma mastite intensa, com dores pelo corpo inteiro, e morando fora do Brasil, sem acesso a consultoras especializadas, precisou seguir amamentando mesmo sem conseguir se alimentar direito. O desmame veio por necessidade médica, após uma cirurgia que exigiu medicação.
Com o segundo filho, Rafael, a experiência foi mais tranquila, sem dificuldades relatadas. Já com a caçula, Sara, o desafio foi maior: aos 10 dias de vida, a bebê não conseguia mamar devido a um problema no freio da língua, diagnosticado com a ajuda de uma consultora. “Foi a primeira vez que entendi, na pele, que quando machuca, é difícil continuar. Senti vontade de desistir, apesar de já ter amamentado dois filhos. A dor era real e frustrante.” Paula destaca que “amamentar não é só força de vontade”.
Além das dificuldades físicas, Paula também enfrentou julgamentos. “Já me senti julgada por fazer livre demanda, por amamentar por dois anos, por insistir ou por parar. Falta acolhimento. Se eu pudesse dar um conselho a mim mesma lá no início, seria: aceite sua história e escute o seu coração. O julgamento dói mais do que a mastite.” Para ela, a rede de apoio foi fundamental, especialmente o marido, que esteve presente nos momentos bons e difíceis.
Hoje, à frente da Papapá, Paula usa sua experiência para apoiar outras famílias na alimentação saudável dos filhos, reforçando que o Agosto Dourado deve ir além de campanhas e laços dourados. “É sobre informação, acolhimento e empatia. Amamentar é um ato de amor, mas também é um desafio físico, emocional e social. Nem sempre é possível. E tudo bem.”
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, trazendo uma reflexão humana e real sobre a amamentação, que muitas vezes é idealizada, mas que na prática envolve dores, superações e muito amor.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA