Riscos do Uso Precoce de Maquiagem em Crianças: O Que Pais Precisam Saber

Entenda os perigos dos cosméticos na infância e as recomendações para proteger a saúde dos pequenos

Dados recentes da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que o uso de maquiagem por crianças tem começado cada vez mais cedo, chegando a meninas de apenas quatro anos, influenciadas principalmente pelas redes sociais. Essa tendência tem preocupado especialistas, que alertam para os riscos à saúde infantil decorrentes da exposição precoce a cosméticos.

O endocrinologista pediátrico Dr. Miguel Liberato destaca que a pele das crianças é mais fina, permeável e ainda em desenvolvimento, o que facilita a absorção das substâncias presentes nos produtos de beleza. “Alguns ingredientes presentes nesses produtos podem causar alergias, distúrbios hormonais como puberdade precoce e alteração na tireoide, toxicidade neurológica e, em exposições prolongadas, até aumentar o risco de doenças mais graves no futuro, como alguns tipos de câncer”, explica o especialista.

A SBP recomenda que o uso de maquiagem seja adiado ao máximo nas crianças pequenas. Intervenções como tinturas e alisamentos capilares só são indicadas a partir dos 12 anos; unhas de gel, a partir dos 16; e piercings e tatuagens, somente após os 18 anos. O uso de desodorantes pode começar aos oito anos e antitranspirantes, aos 12.

Mesmo os produtos desenvolvidos para o público infantil devem ser usados com cautela. A Anvisa proíbe maquiagem em crianças menores de três anos, e a partir dessa idade, somente itens autorizados e indicados na rotulagem podem ser aplicados. Esses produtos precisam ser facilmente removíveis com água e sabonete e passar por testes que comprovem a ausência de alergias e irritações.

No caso dos esmaltes infantis, o uso é recomendado apenas a partir dos cinco anos, desde que não contenham solventes químicos ou cheiro forte, e sejam removidos com água e sabão. Batons e brilhos labiais também exigem supervisão de um adulto e não devem ser usados diariamente.

Dr. Miguel alerta para a importância de observar sinais de que o uso de cosméticos está afetando a saúde da criança, como alterações na pele ou sinais de puberdade precoce — por exemplo, o surgimento de mamas antes dos oito anos nas meninas. Ele reforça que substâncias químicas presentes em diversos produtos de higiene pessoal, como sabonetes, xampus e protetores solares, podem interferir no desenvolvimento hormonal e antecipar a puberdade.

Para garantir a segurança, o endocrinologista recomenda que os pais verifiquem o número de registro na Anvisa e prefiram marcas com experiência em cosméticos infantis. “Nem tudo que se apresenta como ‘infantil’ ou ‘neutro’ é, de fato, seguro”, alerta. Consultar o pediatra em caso de dúvidas é fundamental.

Por fim, Dr. Miguel ressalta que “menos é mais” quando se trata da saúde das crianças. Cuidar da pele na infância é proteger o desenvolvimento integral, pois tudo o que aplicamos no corpo dos pequenos pode ter impactos significativos. Informação e atenção são as melhores formas de cuidado.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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