Brasil e o mundo se unem para combater o AVC, que mata a cada 7 minutos
Mobilização global destaca avanços do SUS e desafios regionais no enfrentamento do Acidente Vascular Cerebral
Dados recentes da assessoria de imprensa revelam que o Brasil enfrenta um grave desafio de saúde pública: o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é responsável por uma morte a cada sete minutos no país. Em 2024, foram registradas 84.878 mortes por AVC, e somente nos primeiros meses de 2025, até 5 de abril, 18.724 brasileiros perderam a vida para essa doença.
O cenário global também é alarmante. Estima-se que, sem ações concretas, a carga do AVC aumentará 50% nos próximos 25 anos, resultando em 10 milhões de mortes anuais e um custo de US$ 1,6 trilhão por ano. Em resposta, líderes mundiais, governos e especialistas se uniram na Global Stroke Action Coalition, o primeiro movimento global dedicado exclusivamente ao AVC. Essa mobilização será destaque na 78ª Assembleia Mundial de Saúde, em maio, e na Assembleia Geral da ONU, em setembro.
A neurologista e pesquisadora brasileira Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC, destaca que “o AVC é prevenível, tratável e recuperável — desde que haja políticas públicas eficazes e sistemas de saúde preparados”. Ela ressalta que a união global em torno do AVC representa um novo horizonte para milhões de pessoas.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem se destacado com políticas importantes, como a criação de 119 centros especializados no atendimento ao AVC e a adoção de protocolos que garantem o início do tratamento em até 60 minutos após a chegada do paciente ao hospital. Desde 2012, o SUS oferece o trombolítico, medicamento que desfaz coágulos, e, a partir de 2023, incorporou a trombectomia mecânica, procedimento que remove o coágulo diretamente da artéria cerebral, aumentando em três vezes as chances de recuperação do paciente.
Apesar dos avanços, Sheila Martins alerta para as desigualdades regionais no país. “Cerca de 77% dos centros de AVC estão no Sul e Sudeste, enquanto no Norte há poucos, e alguns estados não possuem nenhum.” Estudos mostram que a taxa de mortalidade em hospitais sem centros especializados pode chegar a 49%, contra 17% onde há atendimento adequado.
Além do tratamento, a prevenção e a reabilitação são essenciais. Controlar a pressão arterial, adotar hábitos saudáveis e garantir acesso à reabilitação fazem parte de uma estratégia integrada para o cuidado contínuo do paciente. Segundo Sheila, “o cuidado com o AVC não começa no hospital e nem termina na alta. Ele precisa ser contínuo, integrado e acessível em todas as fases”.
A expectativa é que o Brasil continue sendo referência no combate ao AVC, ampliando a rede de atendimento e treinando profissionais, enquanto o mundo se organiza para transformar essa doença em um problema controlável. “O Brasil tem muito a contribuir nesse processo”, conclui a especialista.
Essa mobilização global e os esforços nacionais são fundamentais para reduzir o impacto do AVC, uma das maiores ameaças silenciosas à saúde pública mundial.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA