Relacionamento no trabalho: como manter o profissionalismo e evitar conflitos

Saiba como lidar com romances no ambiente corporativo para preservar a harmonia e a produtividade da equipe

No ambiente corporativo, relacionamentos afetivos entre colegas surgem de forma natural, envolvendo desde estagiários até executivos. Porém, mesmo quando consensuais, esses romances podem gerar desafios como conflitos de interesse, favoritismos, perda de produtividade e desconforto entre os demais colaboradores. Recentemente, um episódio envolvendo um CEO e uma diretora de RH flagrados em uma cena romântica durante um show – ambos casados com outras pessoas – reacendeu o debate sobre o tema.

Segundo o professor Marcelo Treff, especialista em gestão de carreira da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), um dos principais riscos é o conflito de interesses, que pode resultar em tratamento diferenciado, decisões enviesadas e feedbacks parciais, afetando o foco e o desempenho da equipe. Além disso, outros colaboradores podem sentir que um dos parceiros está sendo privilegiado, o que gera ressentimento e desmotivação.

Para evitar esses problemas, Treff recomenda que os casais mantenham discrição no ambiente de trabalho, evitando demonstrações públicas de afeto como beijos e abraços excessivos. Durante o expediente, as interações devem ser focadas nas atividades profissionais, mantendo um tratamento cordial e profissional mesmo diante de desentendimentos pessoais. “É de fundamental importância que se mantenha a imparcialidade na tomada de decisões e nas avaliações. Sempre baseando-se em critérios profissionais, sem influência do relacionamento. E, não menos importante, evitar discussões sobre o relacionamento no ambiente de trabalho”, orienta o docente da FECAP.

Quando o relacionamento envolve profissionais de diferentes níveis hierárquicos, o cuidado deve ser redobrado para evitar abuso de poder, assédio e favoritismo. Nesses casos, a empresa deve agir com rigor, transferindo um dos envolvidos para outra área ou departamento, evitando a subordinação direta e garantindo um ambiente justo para todos. “A questão transcende o âmbito pessoal e se torna uma crise institucional que pode abalar os pilares da organização. Nestes casos, a organização deve se comunicar de forma clara e transparente com seus stakeholders.”

Quanto à comunicação do romance à empresa, o ideal é que seja feita quando o relacionamento estiver mais consolidado, por meio de uma conversa agendada com o gestor direto de ambos. Isso ajuda a evitar fofocas e especulações, além de permitir que a empresa avalie possíveis conflitos de interesse.

As práticas sobre relacionamentos no trabalho variam entre as empresas, e algumas até proíbem esse tipo de relação. Nas que permitem, é fundamental que haja uma política clara, vinculada a um código de conduta que estabeleça diretrizes sobre comportamentos esperados e medidas disciplinares quando necessário. “Importante ressaltar que as regras do código de conduta devem ser aplicadas de forma consistente para todos, independentemente do nível hierárquico”, destaca Marcelo Treff.

Por fim, quando um relacionamento amoroso no trabalho gera problemas ou termina de forma conturbada, a empresa deve agir para proteger sua cultura e o bem-estar dos colaboradores, inclusive oferecendo apoio psicológico para minimizar o impacto emocional. “A comunicação clara e transparente contribui para reforçar os valores e as políticas da empresa, destacando a importância do respeito e do profissionalismo”, conclui o especialista.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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